Remoção de guardas: economia x segurança

Chamei a atenção para o assunto na coluna da edição passada e são muitas as manifestações dos leitores. Seguem as reclamações quanto à retirada dos guardas que atuam durante o dia nos cemitérios municipais. A medida deve ser estendida a outros pontos, como o Parque de Exposições Siegfried Ritter.
Ainda não se sabe se o guarda da Catedral Angelopolitana, que era pago pela Prefeitura, entra nessa lista. A questão é financeira e a motivação é economia.
Entretanto, tem outro ponto fundamental nisso, que é a segurança desses locais. Nos cemitérios, furtos são realizados mesmo com a guarda de dia. E é bom lembrar o que ocorria antes da adoção da guarda, até sepultamentos foram interrompidos pela ação de assaltantes.
E no Parque de Exposições foram muitos os casos de furtos nas casas étnicas e outros estabelecimentos. Também é bom recordar.
O valor total disponibilizado para a manutenção dos serviços certamente é expressivo. Entretanto, o benefício para a população precisa ser considerado.
Adoção de espaços públicos já ocorre
O projeto que trata do “naming rights”, que traduzindo são os direitos de nomenclaturas, deve ser votado na próxima segunda-feira (7) pelos vereadores santo-angelenses. Embora a boa vontade do projeto, na prática já existe e há muito tempo.
A proposta partiu do vereador Lorenzo Tonetto (PL) e depois foi apresentada pelo Executivo por questões constitucionais. Já existe a adoção de espaços públicos, exemplos são as rótulas Teresa Verzeri e Marista. Mas o nome em inglês é a referência de modernidade.
Protesto criativo
Nesta semana, chamou a atenção o protesto criativo de moradores da Rua Sepé Tiaraju, no Bairro Oliveira. Eles reclamam dos buracos e os problemas no asfalto daquela via. Nas proximidades dão cruzamento com a Rua Damásio Gomes de Castro, eles colocaram um boneco, tipo espantalho, no buraco mais saliente do asfalto.
A expectativa é que o protesto criativo surta efeito e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano possa providenciar o conserto da pavimentação.
Perguntar não ofende
Qual a razão principal de um governo, atender o cidadão ou dar lucro?
Só para lembrar
Entendo que todos precisam ganhar o seu sustento e todo trabalho honesto merece respeito. Todavia, isso não pode ser salvo-conduto para passar por cima das leis do trânsito, por exemplo, provocando riscos a terceiros. Em Santo Ângelo, são comuns os abusos de alguns motoristas de aplicativos e entregadores de lanches. Compreende-se que a agilidade faz com que eles possam ter um lucro maior. Mas não dá para estacionar em qualquer lugar ou transitar por calçadas e na contramão à noite.
Para refletir
“Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos homens, pois quem não espera o bem não teme o mal”.