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SANTO ÂNGELO
15 de novembro de 2025
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Estado

Publicitário é denunciado por oito crimes após morte e esquartejamento da namorada em Porto Alegre

  • novembro 3, 2025
  • 3 min read
Publicitário é denunciado por oito crimes após morte e esquartejamento da namorada em Porto Alegre

O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou o publicitário Ricardo Jardim, de 66 anos, por oito crimes relacionados ao assassinato e esquartejamento da namorada, Brasília Costa, 65, ocorrido em agosto deste ano em Porto Alegre.

Segundo a denúncia, Jardim responderá por feminicídio com agravantes de violência doméstica, idade da vítima e uso de recurso que dificultou sua defesa, além de vilipêndio e ocultação de cadáver, falsa identidade, falsificação e uso de documentos falsos, invasão de dispositivo informático e furto.

O caso ganhou repercussão depois que uma mala com o tórax da vítima foi deixada no guarda-volumes da rodoviária da Capital. Antes disso, sacos de lixo com mãos, braços e parte das pernas haviam sido encontrados na Rua Fagundes Varela, no bairro Santo Antônio. Restos mortais também foram localizados em dois pontos da Zona Sul, boiando no Guaíba. O crânio de Brasília Costa segue desaparecido.

A motivação é muito clara, foi em razão do gênero. Ricardo Jardim queria exercer poder sobre Brasília, o que caracteriza o feminicídio, e isso está comprovado, afirmou a promotora Luciana Casarotto, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (3).

Ela acrescentou que detalhes sobre a forma da morte ainda serão apurados durante o processo, mas destacou que o acusado já havia demonstrado “perspicácia” para ocultar provas, lembrando que ele já tinha condenação anterior por crime semelhante.

Na sexta-feira (31), a Polícia Civil já havia indiciado Jardim por feminicídio, ocultação de cadáver e falsificação de documentos.

Histórico do acusado

Ricardo Jardim foi preso em 4 de setembro, após investigações baseadas em imagens de câmeras de segurança da rodoviária, que o mostravam usando boné, máscara e luvas no momento em que deixou a mala no local.

A polícia também confirmou que ele havia sido condenado em 2018 por matar a própria mãe, de 76 anos, e ocultar o corpo dentro de um armário no bairro Mont’Serrat. O crime ocorreu em 2015, e ele havia recebido o benefício do regime semiaberto de forma antecipada, em janeiro de 2024, devido à superlotação do sistema prisional.

Na época, laudos psicológicos e sociais favoráveis indicaram que Jardim apresentava boa conduta e poderia retornar ao convívio social. Ele deixou a prisão em janeiro do ano passado e foi novamente detido em setembro deste ano, suspeito de matar, esquartejar e espalhar partes do corpo da namorada por diferentes pontos de Porto Alegre.

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Carolina Gomes

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