Presidente do INSS é afastado em operação contra fraude bilionária

A Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto na manhã desta quarta (23). A ação contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acontece em 34 municípios de 13 estados, incluindo o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo.
Segundo a PF, as investigações descobriram uma série de descontos associativos não autorizados nos pagamentos a aposentados e pensionistas. Entre 2019 e 2024 foi cobrado o valor estimado de R$ 6,3 bilhões. As entidades, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, “se intitulavam protetoras destes aposentados”.
O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, disse que a operação surgiu diante da grande quantidade de descontos em benefícios. Aproximadamente 6 milhões de pessoas são descontadas mensalmente em algum valor do seu salário de aposentadoria. “O que nós apuramos e investigamos, junto com a Polícia Federal, é que, infelizmente, várias dessas pessoas, a grande maioria delas, não tinham autorizado esses descontos”, disse Carvalho.
- Diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão: Vanderlei Barbosa dos Santos
- Procurador-Geral do INSS: Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho
- Coordenador-Geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente: Geovani Batista Spiecker
- Coordenador-Geral de Pagamentos e Benefícios: Jucimar Fonseca da Silva
- Agente da PF: trabalha no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas não teve o nome divulgado.
Os investigados ainda não se manifestaram sobre a operação.
A PF mobilizou 628 agentes junto aos 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) para cumprir 211 mandados de busca e apreensão, com ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal. Três dos procurados estão foragidos.