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SANTO ÂNGELO
08 de dezembro de 2025
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Opinião

Indulgências e confissões auriculares

  • novembro 29, 2025
  • 3 min read

Ano Santo. Ano das indulgências plenárias na Igreja católica apostólica romana.  Ano do perdão de todos os pecados de quem receber as indulgências. O substantivo pecado tem vários sinônimos, entre os quais, por exemplo, transgressão de preceito religioso, maldade, crueldade, infração, delito, erro, culpa, ofensa… Os pecados podem ser os mais leves e menores como, por exemplo, o de a criança furtar um doce proibido pela mãe ou de ser mais pesados e maiores como, por exemplo, o de alguém cometer corrupção e o de alguém matar outrem.

Cabe aqui uma sintética recordação dos quatro tipos dos nomes dos pecados na teologia e ensino da Igreja católica apostólica romana. Pecado capital – é cada um das faltas graves catalogadas pela Igreja católica na Idade Média e que fazem parte da tradição cristã até hoje: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça.  Pecado mortal – é na doutrina católica o que viola a lei de Deus em matéria grave e leva à danação a alma. Pecado original – é o pecado que Adão e Eva transmitem a todos os seus descendentes que nascem e vivem em estado de culpa, sem batismo. Pecado venial – é o que enfraquece a graça de Deus, mas sem a destruir.

A misericórdia de Deus, mesmo para os maiores pecadores e piores pecados, é infinita e sempre pronta a ser alcançada pelos que se arrependem de maneira sincera e de maneira sincera lhe pedem perdão. As indulgências plenárias são dons gratuitos que Deus concede aos que as querem e as procuram. Este ano – Ano Jubilar na Igreja católica e que vai até 6 de janeiro de 2026 – é o tempo do Kairós em grego,  em português, o tempo oportuno da graça e do perdão generoso e total de Deus. Hoje mais que nunca todos – parece – deveriam ter esta graça, este perdão, este paraíso.

Auricula em latim [sílaba tônica em ri] é orelha em português. Entre alguns passos de as pessoas receberem as indulgências plenárias está o da confissão auricular. Este tipo de confissão – conforme muitos católicos, inclusive muitos de Santo Ângelo – torna-se o entrave número um para muitos não receberem as indulgências plenárias. Recordam que Jesus Cristo não o instituiu. Instituiu-se na Idade Média (476-1453), mil e duzentos e poucos anos depois de Cristo, ou seja, no Concílio de Latrão, em 1215, convocado pelo papa Inocêncio III, e tornou-se sacramento no Concílio de Trento (1545- 1563). O pecador nesse tipo de confissão não confessa os pecados diretamente a Deus – como fazia em mil e tantos anos antes –, mas ao padre que, desde a ordenação sacerdotal, tem o poder de em nome de Jesus Cristo perdoá-los. Que bom se todos, católicos e não, mesmo sem a confissão auricular, recebessem as indulgências plenárias em 2025!

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Artur Hamerski

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