Dois assuntos misturados
Tudo Sobre Eventos, de Gilda Fleury Meirelles e Flávio Benedicto Viana, apresenta excelentes explicações que devem ser seguidas pelo falante, pelo orador, em casos protocolo, cerimonial e rito em formaturas estudantis e nos demais eventos sociais. Quando falar em público, diz o livro, fale alto para ser ouvido, fale de pé para ser visto e fale pouco para não ser chato. E diz que os falantes, os que conversam entre si, não devem mostrar, quando sentados e de pernas cruzadas, a sola do sapato, da bota ou de outro calçado para quem está do lado, pois esse ato revela falta de educação e etiqueta social, mas devem mostrá-la para o chão, para o assoalho.
Um que fazia essa mostra deseducada era Jair Messias Bolsonaro no último debate político quando apontava a sola do sapato direito para o padre que, olhado de frente, estava do lado direito do Jair. E outro, para encurtar a lista, era e continua sendo o Marcos que no horário de notícias da RBS antes das 13h costuma cruzar a perna direita sobre a esquerda, trás do joelho, e mostrar a sola do sapato, sem se dar conta alguma da indelicadeza, para a jornalista Cristina, companheira de comunicação. Sintetizando, com pessoas em grupo e sentadas uma ao lado de outra, a sola do sapato, da bota ou doutro calçado deve olhar para o chão, para o assoalho, e não para o joelho ou para o rosto da pessoa ou das pessoas ao lado.
Outro assunto aqui misturado é o de certas programações na RBS e na televisão Globo. Programações como BBB, Caldeirão com Mion, Tik Tok, Que Papo é Esse, É de Casa, Baita Sábado, fora outros, para que e para quem servem? Silos de besteiras, de inutilidades, de vazios? Como os apresentadores têm coragem de apresentar tais coisas? Alguns deles cobrem o corpo com roupas espalhafatosas, ridículas. Algumas cantoras mais gritam que cantam, mais fazem acrobacias, ginásticas, pulos de lá para cá no palco, mostrando não ética e respeito de si, mas coxas, calcinhas… É isso que faz prender ou soltar a respiração dos que estão na plateia, que os fazem ovacionar, gritar, ir ao delírio? E Box, rinha de homem com homem, filmes policiais americanos e afins, de um matando outro à toa, fora com eles! Para que e para quem servem tais lixos e cloacas? Apenas para cabeças de certos homens e mulheres, mais dos novos e das novas e de meias idades que de idosos e idosas, com cabeças ainda bastante vazias, sem virtudes nem ideais nobres? Se, que pena!
Altas Horas é outro padrão. Tem café no bule e vale à pena ser admirado. Mas eu prefiro nesses horários ler um livro de romance ou de poemas, ou escutar música clássica ou gaúcha, ou ler um texto bíblico, meditar e rezar. Essas ações me fazem evoluir e valorizar o tempo.