
Um comentário em rede social feito por um ocupante de cargo de confiança (CC) da administração municipal provocou uma mudança dramática de votos e resultou na rejeição do projeto de reforma do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) na Câmara de Vereadores de Santo Ângelo, durante sessão extraordinária na noite de quinta-feira.
A proposta, que visava alterar a Lei Orgânica e exigia aprovação em dois turnos com maioria qualificada (dez votos), havia sido aprovada em primeiro turno na segunda-feira anterior, com o apoio integral da bancada do PDT (cinco vereadores), além dos votos favoráveis de outros partidos. Apenas os vereadores Márcio Antunes (MDB) e Cristian Fontella (PT) haviam se posicionado contra inicialmente.
No entanto, o cenário mudou completamente após o comentário do CC, que insinuava que a bancada pedetista teria recebido vantagens da administração para votar a favor do projeto. A insinuação gerou indignação e levou os vereadores Adolar Queiroz, Rosani Stocker, Andreia Bernardi e Francisco Medeiros (todos do PDT) a mudarem seus votos e se posicionarem contrariamente à proposta no segundo turno.
Com a mudança, o projeto foi rejeitado. Os votos contrários somaram-se aos de Márcio Antunes e Cristian Fontella, mantendo suas posições originais. Votaram a favor da reforma André da Silva (MDB), Simone Lunkes (PDT), Nivaldo Langer de Moura (PP), Vilson da Rocha (PP), Lorenzo Tonetto (PL), Carlos Gromoski (PL) e Belmiro Reis (PL). O presidente da Câmara, Jonatas Toledo (PP), não votou.
A rejeição da alteração da Lei Orgânica impede a votação subsequente da lei complementar que detalharia as mudanças no regime de previdência, marcando uma derrota significativa para a administração municipal.

