Universidades federais do RS devem perder R$ 44 milhões no orçamento de 2026

As universidades federais do Rio Grande do Sul devem enfrentar um corte de R$ 44,1 milhões no orçamento de 2026, caso seja confirmada a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pelo Congresso no dia 19. O texto ainda aguarda sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A redução representa cerca de 7% do valor encaminhado pelo governo federal ao Congresso por meio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Os cortes atingem despesas não obrigatórias, chamadas de discricionárias, que incluem gastos com água, luz, bolsas acadêmicas, insumos para pesquisa e compra de equipamentos.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a maior do Estado, terá o maior impacto: um corte de R$ 14,5 milhões, o equivalente a 7,24% do orçamento previsto. A reitora Marcia Barbosa afirmou que, em 2025, os recursos foram suficientes apenas para cobrir despesas essenciais, como serviços terceirizados, assistência estudantil e o Restaurante Universitário, e que o planejamento para 2026 já começa comprometido.
As demais universidades federais gaúchas também sofrerão reduções: UFPel, Furg, UFSM, UFCSPA e Unipampa, com cortes que variam entre 6,6% e 7,24%. O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) também terá redução significativa, de 7,21%, o que corresponde a R$ 85 milhões, segundo o reitor Júlio Heck.
Um levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que, em nível nacional, o corte no orçamento das universidades federais chega a R$ 6,43 bilhões. Para 2026, os recursos destinados às universidades e institutos federais representarão apenas 0,099% do orçamento total da União, estimado em R$ 6,5 trilhões.
Cortes previstos nas universidades federais do RS:
- UFRGS: R$ 14,5 milhões (7,24%)
- UFPel: R$ 6,4 milhões (6,80%)
- Furg: R$ 5,3 milhões (6,92%)
- UFSM: R$ 11,1 milhões (7,19%)
- UFCSPA: R$ 2,7 milhões (6,83%)
- Unipampa: R$ 4,1 milhões (6,67%)
Fonte: GZH

