Trump dá até domingo para Hamas responder cessar-fogo e ameaça com ‘inferno’ se grupo não aceitar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu ao Hamas um prazo até domingo (5), às 19h (horário de Brasília) para aceitar seu plano de paz em Gaza. Caso contrário, segundo ele, o grupo sofrerá um “inferno total”.

Na rede Truth Social, Trump afirmou que os combatentes do Hamas estão “encurralados e presos” e que mais de 25 mil já foram mortos desde o início da guerra. Ele classificou a proposta apresentada no dia 29 de setembro como a “última oportunidade” para que os remanescentes do grupo tenham suas vidas poupadas.

O plano prevê transformar a Faixa de Gaza em uma região livre de organizações armadas. Integrantes do Hamas poderiam obter anistia se entregarem suas armas e aceitarem viver pacificamente. O território seria administrado por um comitê de especialistas palestinos e internacionais, supervisionado por um órgão chamado Conselho da Paz, presidido por Trump. Ainda não há clareza sobre o papel de Israel nesse arranjo.

De acordo com a Casa Branca, caso o Hamas aceite os termos, terá 72 horas para libertar todos os reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023. Em contrapartida, Israel soltaria cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. A ajuda humanitária ficaria sob responsabilidade da ONU e do Crescente Vermelho.

Embora a proposta tenha sido bem recebida em parte da comunidade internacional, moradores de Gaza demonstraram ceticismo, com receio de agravamento da violência.

Trump também pediu que “palestinos inocentes” deixem uma área não especificada, em antecipação a uma possível nova ofensiva. Ele reforçou que, se o Hamas não aceitar o acordo, os EUA apoiarão uma ação militar para eliminar o grupo. O premiê israelense Benjamin Netanyahu declarou apoio ao plano e disse que Israel seguirá com a ofensiva caso não haja acordo.