Trump ameaça cancelar licenças de emissoras que criticam seu governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (18) que pode cancelar licenças de rádios e TVs que apenas criticam seu governo. Ao embarcar de volta ao Washington, após visita ao Reino Unido, Trump disse que a decisão caberia ao chefe da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr.
“Quando se tem programas que só criticam o Trump, talvez a licença deles devesse ser retirada”, declarou, em referência a canais que, segundo ele, não fazem nada além de “dar publicidade ruim”.
A declaração acontece em meio à polêmica gerada pelo assassinato do militante de extrema-direita Charlie Kirk em Utah. Após pressões da Casa Branca, a emissora ABC retirou do ar “indefinidamente” o programa do apresentador Jimmy Kimmel, conhecido crítico de Trump, que havia comentado o caso e o movimento político MAGA.
O chefe da FCC indicou que algumas medidas poderiam ser aplicadas às afiliadas da ABC, dizendo: “Podemos fazer isso da maneira fácil, ou da maneira difícil”. A suspensão do programa provocou críticas de democratas e de organizações de defesa da liberdade de expressão, como a ACLU, que classificou a ação como ataque à imprensa. Trump, por sua vez, afirmou que Kimmel foi demitido por “falta de talento” e não por questões de liberdade de expressão.
Enquanto isso, o governo Trump sanciona o Brasil com taxação de 50% sobre exportações e ações contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, alegando suposta perseguição a opositores e violação da liberdade de expressão. Entre as acusações estão pressões do ex-presidente Jair Bolsonaro para anular as eleições de 2022, incluindo planos de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

