Três homens são presos por suspeita de torturar mulheres dentro de casa em Porto Alegre

Três homens foram presos e um adolescente foi apreendido pela Polícia Civil por volta das 17h30min de quarta-feira (19). Eles são suspeitos de praticarem tortura contra duas mulheres no bairro Sarandi, na zona norte da Capital.
Conforme o diretor do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), delegado Carlos Wendt, uma equipe realizava ação contra o tráfico de drogas na região quando ouviu gritos de socorro. Os policiais civis seguiram até uma casa, onde encontraram as vítimas.
— A equipe do Denarc estava nas últimas 48 horas nas ruas de forma ininterrupta, em razão de operações e apreensões de drogas. Essa presença foi fundamental para o resgaste dessas vítimas de cárcere privado e tortura, evitando, inclusive, a ocorrência de crime de homicídio.
Segundo a Polícia Civil, as duas mulheres torturadas tinham 27 e 33 anos — a segunda seria o alvo dos homens. A dona da casa, de 55 anos, que também estava no local, teria sido obrigada a atrair as duas para a residência.
Na casa, teria acontecido a sessão de tortura. Além de cortar o cabelo das vítimas, foram utilizados objetos como martelo e facas para machucá-las.
Investigação apontou que os homens, que eram conhecidos das mulheres, teriam suspeitado que elas estivessem repassando informações a respeito do tráfico na região para facções rivais.
— As vítimas informaram que (durante a tortura) os agressores gravavam vídeos e mandavam pra outra pessoa. Além disso, faziam ameaças constantes de morte — explicou o delegado.
Uma das mulheres torturadas foi encaminhada para atendimento médico devido a lesões com hematomas e sangramentos aparentes, especialmente no rosto. Ela está fora de perigo.
Os três homens foram conduzidos ao Denarc. Eles foram detidos em flagrante por tortura, cárcere privado e corrupção de menores.
O menor foi apreendido e apresentado ao Ministério Público para que haja representação pela internação no Departamento da Divisão da Criança e do Adolescente (Deca).
Fonte: GZH