
O tenente-coronel Mauro Cid será novamente ouvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (13), no contexto de três ações penais ligadas à tentativa de golpe de Estado em 2022.
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cid firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
No novo depoimento, ele deve trazer informações relacionadas a três núcleos envolvidos na trama golpista, que juntos reúnem 23 réus:
- o núcleo 2, do gerenciamento de ações, com 6 acusados;
- o núcleo 3, das ações coercitivas, com 10 acusados;
- o núcleo 4, das operações estratégicas de desinformação, com 7 acusados.Mauro Cid esteve no STF em junho deste ano, para ser interrogado no âmbito da ação contra o chamado “núcleo crucial” da organização criminosa.
Mauro Cid esteve no Supremo Tribunal Federal (STF) em junho deste ano para prestar depoimento no processo que investiga o chamado “núcleo crucial” da organização criminosa responsável pela tentativa de golpe em 2022. Nesse grupo, ele é réu ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, Cid revelou uma série de informações relevantes, reunidas em reportagem do g1. Entre os principais pontos do depoimento estão:
Aperto de mãos com Bolsonaro após tratar da tentativa de golpe;
Confirmação da tentativa de golpe de Estado;
Bolsonaro leu e fez alterações na minuta golpista;
O ex-presidente pressionou um ministro por um relatório sobre as urnas eletrônicas;
O general Braga Netto atuou como elo entre Bolsonaro e os acampamentos golpistas;
Houve armazenamento de dinheiro em caixas de vinho;
Existia monitoramento do ministro Alexandre de Moraes;
Um plano para assassinar o presidente Lula foi mencionado;
Bolsonaro demonstrava preocupação com fraudes nas urnas;
O ex-presidente resistia à desmobilização dos acampamentos;
Moraes era alvo constante de ataques, como xingamentos, memes e figurinhas.