SP tem 14 casos confirmados de intoxicação por metanol e 178 em investigação

O governo de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (6), 14 casos de intoxicação por metanol e outros 178 em investigação, totalizando 192 ocorrências suspeitas em todo o estado. Do total, 15 casos já foram descartados após análise clínica.
Entre as vítimas, nove mortes estão sob apuração. Duas foram confirmadas como decorrentes da ingestão de bebida adulterada com metanol, e outras sete ainda aguardam laudo pericial e conclusão das investigações.
Os dados foram apresentados durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, após reunião do gabinete de crise que reúne diferentes secretarias estaduais.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que a intoxicação por metanol é um problema recorrente no país. “Tem um problema aí que é estrutural, é um problema brasileiro, não é de hoje. Quem lembra, há cerca de 30 anos, tivemos um caso semelhante na Bahia, com quase 20 óbitos por consumo de bebida adulterada com metanol. É algo que vem acontecendo”, disse.
Por suspeita de adulterar bebidas, 11 estabelecimentos foram interditados cautelarmente, entre bares, adegas e distribuidoras. Além disso, seis distribuidoras e dois bares tiveram a inscrição estadual suspensa preventivamente: Bebilar Comercial e Distribuidora de Alimentos e Bebidas (com quatro registros), Brasil Excellance e Exportadora de Bebidas, BBR Supermercados, FEC Alves Mercearia e Adega, e Lanchonete Ministro.
A segunda vítima fatal confirmada é Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que morreu em 2 de outubro, após ser internado em estado grave. Segundo a Secretaria da Saúde, ele havia ingerido vodca em um bar da Zona Leste da capital paulista no dia 28 de setembro. O laudo médico apontou intoxicação por metanol, insuficiência renal aguda, choque distributivo e morte encefálica como causas da morte.
O primeiro óbito confirmado foi o do empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, que passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois, em 16 de setembro.