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SANTO ÂNGELO
01 de junho de 2025
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País Política

Presidente do INSS diz que ressarcimento será feito ‘via benefício’

  • maio 6, 2025
  • 3 min read
Presidente do INSS diz que ressarcimento será feito ‘via benefício’

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, anunciou nesta terça-feira (6) que aposentados e pensionistas prejudicados por descontos indevidos na fraude no INSS serão ressarcidos diretamente pelo benefício previdenciário. Segundo ele, o valor será depositado na mesma conta em que o segurado já recebe o pagamento mensal.

Isso significa que o reembolso será feito junto com o benefício do INSS, por meio de uma folha suplementar, ou seja, uma folha de pagamento extra utilizada para cobrir valores que não foram incluídos na folha principal.

Waller alertou que não é necessário assinar nada ou abrir links: “Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado. Por isso eu peço, é para todos: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”.

O alerta é dado pois criminosos estão se aproveitando da situação para aplicar golpes em aposentados. Em algumas situações, bandidos entram em contato por telefone ou WhatsApp, fingindo ser funcionários do INSS, para obter dados pessoais e prometer o reembolso.

Plano de ressarcimento em fase final
Waller afirmou que o plano de ressarcimento está na fase final de elaboração e deve ser apresentado até a próxima semana. Ele também informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu agilidade na devolução dos valores.

De acordo com as investigações, entidades sindicais ofereciam serviços a aposentados, cadastrando-os sem autorização e descontando mensalidades diretamente dos benefícios pagos pelo INSS. Estima-se que 4,1 milhões de beneficiários possam ter sido afetados, com um prejuízo total de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O que se sabe sobre a fraude
Segundo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), essas entidades ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter acesso aos dados dos beneficiários.

Há registros de aposentados filiados a mais de uma entidade no mesmo dia. A liberação de descontos em massa, sem autorização individual, contribuiu para o avanço da fraude.

Na última sexta-feira (2), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão. O governo avalia que houve omissão por parte do ministro, que foi alertado sobre o esquema ainda em junho de 2023, mas demorou quase um ano para tomar providências — conforme revelou uma reportagem do Jornal Nacional.

Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS e indicado por Lupi, também foi demitido após o escândalo vir à tona. Ele foi alvo de uma operação da PF que busca reunir provas sobre o esquema fraudulento.

Fonte: g1

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Carolina Gomes

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