Presente de Natal
Esse vento quente de verão, apesar de ativar a sudorese de nossas peles, traz junto consigo tanta coisa bacana. É natal. É aniversário. É festa. É paz.
Seria indecoroso desconsiderar toda a magnificência de um mês que resume o aprendizado de um ano todo. Não é à toa que o senhor dos senhoresnasceu ao final deste trimestre, justamente para simbolizar o aniversário de uma nova era. 2026 está por vir.
É tempo de reuniões familiares. De abraços calorosos. De bolacha pintada. De luzes. Adornos. Guirlandas. É tempo de união. Aliás, sempre o foi. Contudo o dezembro, funciona como um aviso dos correios: Não esqueçamos nós do carinho e devoção uns aos outros.
Aprendizado quem sabe seria um bom substantivo. É tempo de aprender. E também: é tempo de oferecer. Ajuda principalmente. A oliveira, olivas. A tamareira, tâmaras. E o pinheiro que muito pouco podia oferecer sob sua ótica, fenestrado e de folhas finas e débeis, revelou-se o guardião das estrelas do presépio e iluminava as longas noites. Tanto que até hoje, frequenta a minha casa e a de grande parte de nós, cheio de decorações.
Apesar de conceitualmente julgar-se impotente, o pinheiro revelou-se protagonista. E perpetuou-se. E assim, é a vida de nós todos. Sempre podemos ajudar. Por mais que pensemos o oposto. Afeto. Carinho. Exemplo. Caridade. Orientação. Companhia. Visita. E nos tornaremos protagonistas de nossas próprias existências e daqueles que nos cercam.
Presente é o contrário do ausente. Dicionário está aí para comprovar.
Presente é estar presente. Ponto. Não é panetone. Nem chocolate.E isso cada vez mais precisa ser enfatizado nos lares deste mundo de Deus.
Em neuropsiquiatria, esta é uma máxima. Nenhum dinheiro, ouro ou prata poderá substituir a troca de energias dos corpos humanos movidos pela nossa alma suprema. Jamais. A proximidade dos que amamos é o mais sadio dos remédios, desprovido ainda dos efeitos colaterais tantos.
Alguns felizes dotados de fácil raciocínio percebem isso ainda em vida. Que bom. Outros, infelizmente, apenas nas perdas. Lamento.
Assim: apesar das vitrines cheias de fios dourados e bolas vermelhas, o maior dos desejos para uma vida em paz e recheada de bem-estar mental é a presença.
Movamo-nos. É tempo de reconciliação. É tempo de rever as amizades. É tempo de cidades menores cheias dos aparentados dos centros urbanos das capitais. Isso me comove. É tempo de benquerença. De mate na rua.
E quanto àqueles dilemas que julgamos todos que não há o que fazer, contribuir ou reconstruir. Lembremo-nos do pinheiro. Ele deu o seu jeito e ilumina até hoje todas as nossas famílias. Abrindo as folhas para a luz.
Eu torço que seja Natal todo dia na família de todos nós.
Feliz Natal, caros leitores.
Que Deus nos abençoe.
Sejamos agentes transformadores, positivistas e iluminados.

