PPP deve administrar a projeção mapeada
As obras do programa dos 400 anos das Missões devem provocar uma mudança significativa para o turismo regional. São atrativos e produtos que vão não apenas atrair um número maior de turistas, mas mantê-los na cidade ou região por mais tempo.
Um desses atrativos é a projeção mapeada, espetáculo formatado para apresentações noturnas tendo como cenários a Catedral Angelopolitana e a igreja do Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo.
Em Santo Ângelo, um sistema terá que ser implantado para atender a realização do evento. Ao participar do programa Roda Viva da última terça-feira, Álvaro Theisen, coordenador do Grande Projeto Missões, falou sobre a proposta de efetivar Parceria Público Privada para que a proposta seja sustentável. O projeto receberá investimento superior a R$ 5 milhões.
A ideia é que sejam colocadas à disposição do público cerca de 700 cadeiras dobráveis e fones de ouvido para a apresentação do espetáculo simultaneamente em Português, Inglês e Espanhol. O acesso à cadeira e ao fone será mediante o pagamento do ingresso.
Porém, entrega e retirada de fones e cadeiras, cuidados com esses materiais, apresentação da projeção e outras funções serão exigência. Com isso, a parceria com a iniciativa privada será decisiva para a sustentabilidade do projeto.
No debate sobre turismo, ao lado de Geovani Gisler (à esquerda na foto), Theisen afirmou ainda que outra iniciativa que pode ser adotada é a implementação da realidade aumentada, com códigos se abertos via celular apresentarão todos os detalhes e localizações dos atrativos turísticos de Santo Ângelo. Ação que envolve mais um aporte de R$ 5 milhões.
Recursos para a Catedral
Uma observação importante feita por Álvaro em sua participação no Roda Viva é que a ideia da projeção mapeada tem por princípio uma divisão de recursos alcançados com a venda de seus ingressos.
Segundo ele, o objetivo é que a arrecadação com a venda dos ingressos atenda a empresa que administre o espetáculo e que uma parte seja revertida para a Paróquia da Catedral, o que é justo, pela importância e necessidade de manutenção da igreja que é referência para Santo Ângelo e região.
Largo Papa Francisco
A projeção será realizada nas paredes frontais da Catedral e o público ficará no espaço localizado em frente a igreja e que teve projeto aprovado pela Câmara de Vereadores para passar a ser denominado Largo Papa Francisco.
A proposta foi apresentada pelo vereador Cristian Fontella (PT) e aprovado por maioria. A justificativa é a homenagem não apenas ao papa recentemente falecido, mas ao religioso jesuíta, o que tem tudo a ver com as Missões.
A projeção será realizada nas paredes frontais da Catedral e o público ficará no espaço localizado em frente a igreja e que teve projeto aprovado pela Câmara de Vereadores para passar a ser denominado Largo Papa Francisco.
A proposta foi apresentada pelo vereador Cristian Fontella (PT) e aprovado por maioria. A justificativa é a homenagem não apenas ao papa recentemente falecido, mas ao religioso jesuíta, o que tem tudo a ver com as Missões.
Mágoa permanece
Nem tudo está resolvido ou pacificado no recente episódio que resultou em renúncia e eleição de novo presidente da Câmara de Vereadores. Episódios ocorridos nos bastidores das tratativas ainda estão latejando na cabeça de alguns personagens. E, pelo jeito, não vão cicatrizar tão cedo.
Afirmações mal recebidas pelos criticados são mágoas que não desaparecerão apenas com alguns tapinhas nas costas. Ficaram marcadas, estão anotadas e a cobrança virá, não tenham dúvidas disso.
Menos demagogia e mais seriedade na questão das taxas
Tem que ter muito cuidado na observância da criação de taxas para cedência de espaços públicos. Equipes representam Santo Ângelo em competições estaduais, por exemplo, a forma de apoio do poder público é ceder o ginásio municipal para treinos e jogos.
Justificar a cobrança tentando transparecer apoio a projetos sociais dos bairros é demagogia. Esses projetos podem e devem receber recursos ou espaços sem que sejam penalizadas outras ações ou a promoção de eventos que atraem público a Santo Ângelo.
Entretanto, é muito difícil querer compreensão de alguns que buscam apenas ganhar frutos políticos.
A polêmica da bandeira
Para ficar bem claro. Quem falou que a Bandeira Nacional e o mastro colocados na Avenida Ipiranga seriam uma doação ao município foi secretário André Pedroso à Rádio Santo Ângelo. Não foi invenção de jornalista “marrom”, como gostava de dizer Odorico Paraguaçu.
E pelo visto, não foi. Foi pago com dinheiro público como mostram dados do portal de transparência. E nem mastro é. É um poste de concreto.
Perguntar não ofende
E agora, é defesa ideológica ou do setor produtivo brasileiro? Vamos ver quem é quem na argumentação. A questão é simples, beneficiar uma pessoa acusada de vários crimes e prejudicar todos ou defender a economia?
Só para lembrar
É bem simples. Nas condições atuais, o trabalhador que possui salário superior a R$ 4.664,68 paga 27,5% de imposto de renda. Na proposta que está no Congresso, a isenção pega os R$ 5 mil. A contrapartida é a taxação de 10% para quem ganha acima de R$ 50 mil mensais.
Para refletir
“A verdade é filha do tempo, e não da autoridade”.
