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SANTO ÂNGELO
08 de julho de 2025
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Estado

Polícia busca comprovar se facção ordenou assassinato de vereadora

  • junho 24, 2025
  • 2 min read
Polícia busca comprovar se facção ordenou assassinato de vereadora

Após quatro dias, a Polícia Civil identificou e prendeu o autor confesso do assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, no município de Formigueiro, na região central do Rio Grande do Sul. Ela foi morta com mais de dez facadas na última terça-feira (17).

O jovem de 18 anos que afirmava ser amigo da parlamentar, foi detido após apresentar contradições evidentes em seu depoimento. Ele confessou o crime à polícia e alegou que agiu a mando de um traficante, como vingança por uma dívida de um dos filhos de Elisane com o criminoso.

Elisane era técnica de enfermagem e exercia seu primeiro mandato como vereadora. Única mulher entre os nove parlamentares da cidade, era conhecida por sua atuação na defesa das comunidades quilombolas e dos direitos das mulheres. Sua morte gerou forte comoção entre movimentos sociais e lideranças políticas locais.

De acordo com a investigação, o suspeito costumava encontrar-se com Elisane e, eventualmente, vendia carne para ela. Ele também é investigado por abigeato (furto de gado). Com a justificativa de entregar cortes de carne de qualidade a R$ 17 o quilo, ele marcou um encontro com a vereadora em uma estrada vicinal da zona rural de Formigueiro. No local, segundo a polícia, armou uma emboscada e cometeu o crime brutal.

Agora, os investigadores buscam confirmar se a versão apresentada pelo acusado é verdadeira ou se o homicídio teve motivação passional. O jovem não revelou o nome do suposto traficante que teria encomendado o assassinato, segundo informou o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, responsável pelo caso. A cidade de Formigueiro está situada entre áreas sob influência de duas facções criminosas: uma originária do Vale do Sinos e outra com forte atuação em Porto Alegre.

Para avançar nas investigações, foram solicitadas perícias nos celulares do suspeito e da vítima. Testemunhas que conheciam a relação entre os dois também serão ouvidas novamente, se necessário. Já a faca utilizada no crime pode nunca ser recuperada — o acusado afirma ter jogado a arma em um lago que, devido às recentes enchentes, teve o nível da água significativamente elevado.

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Carolina Gomes

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