A Polícia Federal (PF) solicitou que a Interpol inclua oito suspeitos de integrar um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) na chamada “lista vermelha” de procurados internacionais. Os nomes não foram divulgados oficialmente, mas todos são considerados foragidos da Justiça brasileira após operações realizadas na última quinta-feira (28).
As ações, batizadas de Quasar e Tank, foram realizadas pela PF em conjunto com a Receita Federal e de forma simultânea à operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O objetivo é desarticular um esquema criminoso que utilizava o setor de combustíveis e fundos de investimento para ocultar patrimônio de origem ilícita.
Foram cumpridos mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão preventiva – apenas seis efetivadas. Além disso, houve bloqueio e sequestro de bens e valores que somam R$ 3,2 bilhões.
De acordo com as investigações, o esquema pode ter movimentado cerca de R$ 140 bilhões de forma irregular, envolvendo holdings, distribuidoras, empresas de cobrança e instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.
A inclusão dos nomes na lista vermelha da Interpol permitirá que autoridades de outros países auxiliem o Brasil na localização e prisão dos foragidos.
