Papa Leão XIV reforça que apenas Jesus é o Salvador e orienta fiéis sobre limites na veneração a Maria

O Vaticano publicou nesta terça-feira (4) um novo decreto que orienta os católicos a não se referirem à Virgem Maria como “corredentora” da humanidade. O documento, aprovado pelo Papa Leão XIV, afirma que somente Jesus Cristo é o redentor do mundo, encerrando décadas de debate teológico dentro da Igreja.

“Não seria apropriado usar o título ‘corredentora’”, diz o texto, acrescentando que o termo “pode criar confusão e desequilíbrio na harmonia das verdades da fé cristã”.

A instrução foi emitida pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão responsável pela doutrina católica, e reforça que Maria teve papel essencial como mãe e intercessora, mas não como participante direta da redenção.

O tema divide estudiosos há séculos. O falecido Papa Francisco, morto em abril de 2025, rejeitava firmemente o uso do título, chamando a ideia de “loucura”. Já Bento XVI também era contrário, enquanto João Paulo II chegou a apoiar a expressão, mas recuou publicamente na década de 1990.

No novo decreto, o Vaticano afirma que, ao aceitar o chamado divino e dar à luz Jesus, Maria “abriu as portas da Redenção que toda a humanidade aguardava”. Contudo, o documento reforça que a salvação é obra exclusiva de Cristo, conforme a tradição cristã sobre sua morte e ressurreição.