
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu, na manhã desta quinta-feira (27), duas visitas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o filho Jair Renan chegaram ao local em horários distintos, em encontros limitados a 30 minutos cada.
O primeiro a chegar foi Jair Renan, às 9h14min. Dez minutos depois, Michelle Bolsonaro entrou na sede da PF (ela já havia visitado o marido por duas horas no último domingo). As visitas separadas seguem as regras estipuladas por Moraes desde o sábado, dia em que Bolsonaro foi preso preventivamente.
Ao deixar o prédio da PF, Jair Renan afirmou que o pai “está muito mal” e teria passado a madrugada com crises de soluço.
— Meu pai está muito mal. Ele teve crise de soluço a noite. Ele tá muito triste com tudo que está acontecendo. Um crime que não houve, não existiu. Ele tá fragilizado, gente — declarou aos jornalistas presentes em frente à Superintendência.
Vereador por Balneário Camboriú (SC), Jair Renan afirmou que é apenas “um filho que foi visitar o pai”, e que levou alguns livros para o pai ler, mas não revelou os títulos. A visita de aproximadamente 30 minutos teve como objetivo distrair o ex-presidente, segundo o vereador.
— Conversei bastante sobre futebol, tentei distrair a cabeça do meu velho, tentar levantar o ânimo e tirar um sorriso dele. Ele tá se sentido muito injustiçado — disse.
Ele também comentou a articulação política para tentar pautar no Congresso o projeto de anistia a Bolsonaro e aos investigados pelos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, é o irmão Flávio Bolsonaro, senador, quem está à frente da movimentação junto a líderes partidários na Câmara e no Senado.
— Isso (anistia) quem está tratando é o Flávio Bolsonaro, meu irmão. Hoje, ele é o porta-voz da família. Eu confio na liderança dele e que vai dar certo. E todos aqueles políticos que se elegeram nas costas do Jair Bolsonaro estão fazendo tudo por ele, para libertar o homem.
Fonte: GZH

