Grasiano Tolfo é indicado para o Desenvolvimento Econômico

Foto: Marcus Espíndola
O prefeito eleito Nívio Braz já confirmou que o vereador eleito Vinícius Makvitz (MDB) é o nome indicado para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação. Entretanto, ainda espera pela manifestação das entidades empresariais sobre indicações para o cargo.
Pois bem, a Agir (Agência de Desenvolvimento) está indicando o nome de GrasianoTolfo, empresário da empresa Primu’s, para assumir a pasta. Conforme Junior Moro, presidente da Agir, o nome de Tolfo recebe a indicação por possuir competência, interesse e disponibilidade. A ideia é que a indicação seja feita por todas as entidades. A Acisa já teria corroborado a indicação, assim como o Sindilojas. Na CDL ainda não se chegou a um consenso.
Inclusive, Nívio e Tolfo já teriam conversado sobre a possibilidade.
Caso seja confirmado o nome de Grasiano, Vinícius pode ser guindado à pasta do Planejamento, onde foi titular na atual gestão.
Problema na nomeação do Bem-Estar Animal
A vereadora Lúcia Lima (MDB) não deverá assumir o Departamento de Bem-Estar Animal como já havia sido informado por lideranças do futuro governo. Acontece que para assumir o cargo um dos requisito é formação superior. A vereadora, que não foi reeleita, está cursando Veterinária e, portanto, ainda não possui a formação determinada por lei.
Essa exigência foi feita pelos membros do Conselho Municipal de Bem-Estar Animal quando da criação do departamento. Uma possibilidade seria a mudança da lei, porém, isso só deverá ocorrer já na gestão de Nívio Braz.
Aprovado título póstumo a Prestes
Na sessão da última segunda-feira, a Câmara de Vereadores de Santo Ângelo aprovou o título de cidadania a Luiz Carlos Prestes. Esse título foi proposto em 1984 pelo então vereador Adroaldo Loureiro e não teve aprovação da maioria dos vereadores da época. Agora, a iniciativa partiu do vereador Gilberto Corazza e foi aprovada por dez vereadores. Foram registrados ainda uma abstenção, dois votos contrários e um vereador não estava em plenário no momento da votação. E o presidente vota apenas em caso de desempate.
A Coluna Prestes é um episódio marcante da história do Brasil que iniciou em Santo Ângelo e isso não pode ser repudiado. O movimento completou cem anos recentemente e ganhou destaque na imprensa nacional.
Votar contra o título póstumo a Prestes ou querer que se desconsidere a história é uma posição muito rasa. A justificativa ideológica para a reprovação beira a infantilidade. “Não pode dar título de cidadania a um comunista”. Essa expressão foi ouvida em meio ao debate. Ora, Prestes somente se integra ao partido comunista na década de 1940 e a Coluna inicia em 1924. E mesmo que já fosse comunista na época, não mudaria em nada a repercussão do movimento.
Incoerência. Para dizer o mínimo
O mais absurdo é que gente que votou contra o título para Prestes alegando questão ideológica não entende que o movimento iniciado em Santo Ângelo era liderado por um militar que se colocou contra o sistema da época. E essas mesmas pessoas são seguidores de Bolsonaro, um militar que fala dia e noite que sua luta é contra o sistema.
Além disso, quem foi para frente de quartel clamar por golpe militar, atentando contra a democracia e até se gabando por isso, não é o mais indicado para questionar homenagem por questão ideológica.
Feitiço contra o feiticeiro
O curioso da sessão foi o vereador André Pedroso (PP) chamar o colega Nerison Abreu (PL) de “melancia” por este ter votado a favor do título a Prestes. Melancia é um termo muito usado por “extremistas” para definir quem se diz “verde por fora e vermelho por dentro”.
Aliás, termo repetido várias vezes pelo próprio Nerison para acusar os militares que teriam recuado da proposta de golpe contra a democracia.
Perguntar não ofende
Projetos antes considerados “engana-trouxa” agora serão prioritários?
Só para lembrar
Muita discussão sobre o projeto da escala 6×1 dos trabalhadores.Entretanto, é bom lembrar que o funcionário mais bem pago de qualquerempresa é o governo. Afinal, o pagamento é baseado na receita e não nolucro. Aí está a maior das dificuldades, a altíssima carga tributária, e não o trabalhador e seus direitos.
Para refletir
“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo”.
Vladimir Maiakóvski