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SANTO ÂNGELO
21 de agosto de 2025
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Estado Saúde

Governo prorroga vacinação contra HPV para adolescentes de 15 a 19 anos até o fim de 2025

  • julho 23, 2025
  • 4 min read
Governo prorroga vacinação contra HPV para adolescentes de 15 a 19 anos até o fim de 2025

O governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Saúde (SES), prorrogou até dezembro de 2025 a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para adolescentes de 15 a 19 anos que não receberam o imunizante na idade indicada. A medida segue orientação do Ministério da Saúde e tem como objetivo ampliar a cobertura vacinal desse público, oferecendo uma nova chance de proteção contra o vírus e os cânceres relacionados.

A vacina é a principal forma de prevenção contra o câncer de colo do útero, além de outros tipos, como os de ânus, pênis, boca e orofaringe. No calendário regular, a imunização é feita em dose única para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Com a ampliação, iniciada em março, busca-se alcançar jovens que não foram vacinados na faixa etária preconizada.

Desde o início da estratégia, cerca de 6,6 mil adolescentes entre 15 e 19 anos já foram vacinados no estado. No entanto, estima-se que aproximadamente 300 mil jovens dessa faixa etária ainda não tenham sido imunizados. A recomendação da SES é que, na ausência de registro vacinal, o adolescente seja considerado não vacinado e receba a dose.

Entenda o que é o HPV e por que a vacinação é importante

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Está presente em praticamente todos os casos de câncer de colo do útero e pode causar também lesões precursoras de câncer em outras partes do corpo. Em 2023, o Rio Grande do Sul registrou 1.420 casos de câncer de colo de útero e 407 mortes relacionadas à doença.

A vacina quadrivalente usada no Brasil protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais, enquanto os tipos 16 e 18 são os principais responsáveis pelos casos de câncer, estando presentes em cerca de 70% das ocorrências.

Números da vacinação no RS

Apesar da meta de cobertura ser de 90% para o público de 9 a 14 anos, os índices no estado seguem abaixo do ideal, especialmente entre os meninos:

  • 2025 (parcial): meninas – 79,22% / meninos – 66,11%
  • 2024: meninas – 86,70% / meninos – 70,76%
  • 2023: meninas – 83,39% / meninos – 63,68%
  • 2022: meninas – 79,05% / meninos – 51,27%
  • 2021: meninas – 75,02% / meninos – 40,11%

Fonte: Ministério da Saúde

Perguntas e respostas sobre o HPV e a vacinação

O que é HPV?
É um vírus que infecta a pele e as mucosas (oral, genital e anal), podendo causar verrugas e, em alguns casos, evoluir para câncer.

Como é transmitido?
Principalmente por contato direto com a pele ou mucosa infectada durante relações sexuais – inclusive oral-genital e manual-genital. A transmissão também pode ocorrer no parto. Mesmo sem sintomas, a pessoa pode transmitir o vírus.

Qual é a relação com o câncer?
Na maioria dos casos, a infecção desaparece espontaneamente. Porém, quando persiste, pode provocar lesões que, sem tratamento, evoluem para câncer.

Quais tipos causam câncer?
Os tipos 16 e 18 são os mais perigosos. Já os tipos 6 e 11 causam verrugas genitais, mas não estão associados ao câncer.

Qual vacina é usada?
A vacina quadrivalente, que protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18.

Como prevenir a infecção?

  • Vacinação gratuita pelo SUS
  • Exame preventivo (Papanicolau)
  • Uso de preservativos (masculino ou feminino)

Quem pode se vacinar?

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos (dose única)
  • Adolescentes de 15 a 19 anos não vacinados (até dezembro de 2025)
  • Pessoas de 9 a 45 anos com condições especiais (como HIV, câncer, transplantados, vítimas de violência sexual, entre outros)

Quem já teve HPV pode tomar a vacina?
Sim, desde que esteja na faixa etária indicada. A vacinação pode prevenir novas infecções ou reativações do vírus.

Vacinação dispensa uso de preservativo?
Não. A vacina protege apenas contra o HPV. O preservativo continua sendo essencial na prevenção de outras ISTs.

Adolescentes precisam de autorização dos pais?
Não. Basta comparecer à unidade de saúde com documento de identificação e, se possível, o cartão de vacinação.

 

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Carolina Gomes

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