Frio em julho e agosto no RS deve ser menos intenso do que o registrado em junho

O inverno no Hemisfério Sul ainda está longe do fim. Pelo calendário astronômico, a estação começou em 20 de junho e segue até 22 de setembro. Já a climatologia adota um critério fixo: de 1º de junho a 31 de agosto. Segundo a MetSul, após uma primeira metade gelada no Rio Grande do Sul, a segunda parte da estação deve ser menos rigorosa. Tanto julho quanto agosto devem apresentar médias de temperatura mais altas do que as registradas em junho, que tende a ser o mês mais frio do inverno de 2024.
O frio mais intenso e frequente começou ainda no fim de maio, com um ciclone seguido por ar polar que trouxe, no dia 29, a maior nevasca nas regiões mais elevadas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde julho de 2021. Desde então, o frio tem predominado. Um dos destaques foi a mínima de -9,1ºC registrada em Pinheiro Machado, no dia 2 de julho.
A análise da MetSul aponta que, nas próximas semanas, os dias com frio intenso devem ser menos numerosos. As mínimas e máximas devem subir em relação a junho. Na terceira semana de julho, inclusive, há chance de tardes quentes para a época do ano.
Em agosto, a previsão indica o retorno do ar mais frio, mas sem os extremos observados em junho. Modelos meteorológicos norte-americanos e europeus apontam para um padrão menos persistente de frio, contrastando com o que foi registrado entre o fim de maio e o início de julho.
Apesar disso, o inverno ainda não terminou. Haverá mais dias frios, e alguns de frio intenso, mas com menor frequência de temperaturas extremamente baixas. Ao mesmo tempo, aumentará a ocorrência de dias agradáveis e até quentes. Ainda assim, não é hora de guardar os casacos: o cenário global atual permite a possibilidade de episódios de frio intenso mesmo durante a primavera.