
Hoje, ela tem 67 anos, mas foi com apenas 14 que fez o primeiro corte de costura. E foi aí,que a costureira Margarete Taube, moradora do bairro Aliança, descobriu o talento que a acompanharia por toda a vida. São mais de cinco décadas dedicadas a transformar tecidos em tradição e memória. “Cansei de quebrar a agulha da máquina da minha mãe, fazendo roupa de boneca quando era pequena”, relembra a costureira.
Porém, foi há 25 anos que os primeiros vestidos de prenda começaram a ganhar vida pelas mãos da costureira. A inspiração veio de casa mesmo, quando na década de 90 os filhos começaram a dançar em CTG.
Margarete lembra que confecciona vestidos e bombachas para os filhos, mas também para as invernadas. E foi atrás do boca a boca, que as primeiras encomendas começaram, a chegar.
“O primeiro vestido que eu fiz foi para a invernada juvenil do GDF começar a dançar, ele era vermelho com estampado, foi o primeiro de grupo de danças que eu fiz”, comenta Margarete.
Ao longo desses anos centenas de vestidos já passaram pelas mãos talentosas da dona Margarete, pra ela cada um deles carrega uma história única e cheia de tradição. Na maioria das vezes, os modelos já chegam prontos, e ela fica com corte, costura e acabamentos. “Não tenho ideia de quantos vestidos já fiz, eu tenho uma pasta com croquis, desenhos, modelos, mas nunca cheguei a contar”, relata.
As encomendas começam ainda no início do ano, lá pelo mês de março, principalmente das invernadas. “Tem as reformas que trazem pra soltar, pra emendar, as vezes deixam peças pra eu tentar vender”.
Para a profissional, as criações e entregas, para invernadas e da semana farroupilha representam uma grana extra que faz diferença no sustento da casa. “É a minha safra, quando eu não tenho vestidos, eu faço costuras em geral, o que vier eu faço, agora, quando eu to com vestidos é muito corrido”.
Cada vestido que ganha vida nos palcos carrega dedicação e orgulho para a costureira. “Eu me realizo, uma coisa que eu adoro fazer, parece que o vestido mais complicado é o que eu mais gosto de fazer”, finaliza Margarete.
Redação Grupo Missões – Lara Santos