Brasil goleia Bolívia, mas cobra melhores condições na Copa América Feminina

A Seleção Brasileira feminina aplicou uma goleada por 6 a 0 sobre a Bolívia, nesta quarta-feira (16), no estádio Chillogallo, pela segunda rodada do Grupo B da Copa América 2025. Com dois gols de Luany, três de Kerolin e um de Amanda Gutierres, o Brasil assumiu a liderança da chave com sua segunda vitória consecutiva.
Apesar do placar elástico, a Seleção desperdiçou chances claras e teve dois gols mal anulados por impedimento. A equipe ainda acertou a trave quatro vezes — duas com Kerolin, uma com Luany e outra com Mariza. Vale lembrar que a arbitragem do torneio não conta com VAR até as semifinais, o que tem gerado polêmica.
Fora das quatro linhas, a goleada brasileira não apagou as críticas em relação à estrutura da competição. A ausência de espaço adequado para aquecimento pré-jogo e a proibição de uso do gramado antes das partidas foram pontos levantados pelas atletas e pelo técnico Arthur Elias.
Marta, camisa 10 da Seleção, desabafou após o jogo:
— Há muito tempo eu não disputava um campeonato na América do Sul, e ficamos tristes com essas situações. Cobram desempenho e nível alto de trabalho, mas também temos que cobrar organização. Não poder aquecer no campo, com altitude e clima abafado, prejudica — afirmou.
A meia Ary Borges também criticou duramente a Conmebol e cobrou o presidente da entidade, Alejandro Domínguez:
— Perguntar para o Alejandro se ele conseguiria aquecer em 5 ou 10 metros quadrados com cheiro de tinta. A estrutura da Copa América Masculina foi gigantesca, e aqui estamos dividindo espaço para aquecer. Até jogos de várzea têm mais organização — declarou.
A Seleção Brasileira folga na terceira rodada e volta a campo na próxima terça-feira (22), às 21h, contra o Paraguai, com transmissão pelo SporTV.