Desastroso comentário de CC implode projeto do prefeito

A alteração do regime previdenciário de servidores municipais é sempre polêmica. Ninguém quer perder direitos ou perder dinheiro em caso de aumento ou criação de alíquota. Em Santo Ângelo, não seria diferente. O projeto que chegou à Câmara sem diálogo com as entidades que representam os servidores seria rejeitado diretamente. Porém, o bom senso fez com que vereadores que se mostravam contrários apelassem para o diálogo buscando o equilíbrio.

E assim foi feito, o prefeito Nívio Braz recebeu a bancada do PDT, encaminhou encontro entre a equipe técnica do FABS (Fundo de Assistência e Benefício dos Servidores) e o Sindicato dos Professores, quando foram negociados os pontos considerados fundamentais. Sendo assim, com o Sindicato sendo ouvido, a bancada do PDT se posicionou a favor e o projeto foi aprovado em primeiro turno.

O que o prefeito não contava era a atitude desastrosa de um CC da sua administração. Nas redes sociais, ele deu a entender que a bancada do PDT tinha aprovado o projeto em troca de favores. Desastroso e irresponsável. Causou revolta e cobrança de servidores sobre o que seriam os tais favores, o que logicamente não ocorreu. E assim, a administração sofreu uma derrota grave.

Vale lembrar que o projeto de parcelamento da dívida da atual gestão com o FABS, que bate nos R$ 26 milhões, passa a correr risco. Resta saber qual a medida que o prefeito tomará em relação ao “comentarista”.

Patético, lamentável e perigoso

O presidente da Câmara Federal, Hugo Motta fala em não deixar que se esqueça a página triste da história brasileira sobre os atos contra a democracia. E promove mais um ato lamentável contra a democracia que diz respeitar.

Não é apenas patético, é lamentável a tentativa de passar por cima de todo o ordenamento jurídico para defender uma pessoa que, inclusive, quando teve a oportunidade de se defender, mostrou apenas covardia, reforçando a postura de bravateiro que sempre a marcou.

Lembrando que o projeto não alivia apenas para golpistas, mas pode beneficiar envolvidos em crimes de corrupção, ambientais, contra a gestão pública. Isso não é legislar. É promover impunidade. Enfim, inaceitável.

Estação do Inmet na URI é avanço

A informação prestada pelo diretor Acadêmico da URI, professor Carlos Lemos, em meio ao Roda Viva da última terça-feira foi noticiada no dia seguinte pela Universidade e representa um avanço, sem dúvida.

O fato da URI passar a sediar uma estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)  é crucial para um monitoramento de tempo e clima mais aprofundado, incluindo dados sobre umidade, temperatura, vento e chuvas. Essas informações são essenciais para previsões mais precisas, o que beneficia diretamente a agricultura e, também, aperfeiçoa o alerta de desastres climatológicos. Sem contar a importância para a realização de estudos ambientais.

Uma conquista da URI para Santo Ângelo e região.

“Cavalo de lata” em fevereiro

A administração municipal de Santo Ângelo realizou nesta semana a entrega do protótipo do “cavalo de lata”, proposta para o fim da circulação de veículos de tração animal na zona urbana que entra em vigor no mês de fevereiro de 2026.

Vale lembrar que o primeiro protótipo foi produzido ainda em 2019 (foto), pelo então vereador Maurício Loureiro, que aliás, teve esse como uma das pautas da sua atuação no legislativo local.

No projeto de Maurício, a ideia era que o carrinho fosse puxado por bicicleta e o lançado nesta semana propõe que seja empurrado pelo reciclador de forma direta. Mas, a ideia lá de 2019 foi prosperando até chegar ao fim da tração animal e proporcionar outro tipo de situação para uma atividade que segue garantindo a subsistência de muitas pessoas.

Perguntar não ofende

Depois da semana no Congresso, alguém mais lembrou a música do Cazuza, a da piscina cheia de ratos?

Só para lembrar

Tenha a certeza de que quando o Congresso Nacional estende suas sessões até a madrugada não é para votar algo que beneficie a população. Em casos assim, sempre existe um interesse escuso, algo difícil de ser defendido à luz do dia. E os que protagonizam essas cenas, simplesmente somem quando a pauta trata de educação, saúde ou qualquer outro direito da população.

Para refletir

“O poder, se não corrompe, amansa”.

Raymundo Faoro no livro Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro, de 1958 e sempre atualíssimo