Após perder bebê, mãe de SC alerta sobre risco pouco conhecido na gravidez

Nem todo mundo sabe seu tipo sanguíneo, mas no caso das gestantes essa informação pode ser decisiva. A bancária Raquel Machado Santos, alerta sobre um risco pouco conhecido na gravidez se não houver acompanhamento e prevenção adequada.
Mulheres com sangue RH negativo que engravidam de parceiros RH positivo podem desenvolver uma reação imunológica contra o sangue do bebê durante a gestação, uma condição conhecida como incompatibilidade RH.
Embora o problema seja tratável e prevenível, ele pode trazer riscos graves à saúde do feto, incluindo anemia severa, inchaço e até morte fetal, se não for diagnosticado e acompanhado corretamente durante o pré-natal.
Conforme o diretor do Hemosc, Guilherme Genovez, esse tipo de incompatibilidade é uma das causas mais graves de doença hemolítica perinatal, mas pode ser totalmente evitado com acompanhamento adequado e medidas preventivas simples.
Mãe alerta sobre risco pouco conhecido na gravidez
A bancária Raquel Machado Santos viveu de perto essa experiência. Ela descobriu ser RH negativo após a primeira gestação e aprendeu, com orientação médica, a importância de agir rapidamente após o parto. “Fizemos contato com o hospital e com a médica, e fomos orientados sobre a aplicação de vacina em até 72 horas do parto, no meu caso, após uma curetagem”, contou Raquel.
Ela explica que a imunização vale até a próxima gravidez e deve ser feita novamente após cada gestação ou aborto. “Em 2007, tomei após outra curetagem, e em 2015, após o nascimento dos meus filhos gêmeos. Ambos nasceram O positivo”, explicou.
Com experiência e informação, Raquel faz questão de orientar outras gestantes: “Meu conselho às gestantes é estarem sempre atentas às orientações médicas. Perguntem, tirem dúvidas e busquem informação. Essa vacina é fundamental, especialmente para as mães com sangue negativo. É um ato de responsabilidade, porque pode afetar o próximo filho”, disse Raquel.
Entenda o que é o fator RH
O fator RH é uma proteína presente na superfície das hemácias (glóbulos vermelhos). Quem possui essa proteína é RH positivo; quem não tem, RH negativo.
O problema surge quando a mãe é RH negativo e o bebê herda o RH positivo do pai. Nesse cenário, o corpo da gestante pode interpretar o sangue do feto como uma substância estranha e começar a produzir anticorpos de defesa.
Segundo Guilherme Genovez, o principal anticorpo envolvido é o IgG, que atravessa a placenta e destrói as células sanguíneas do bebê, causando a chamada doença hemolítica perinatal.
Fonte: NDMAIS Chapecó

