Ampliar o debate foi positivo para o projeto de reforma da Previdência Municipal

Desde que a questão começou a ser discutida, tenho dito que esse é um tema que precisa de muito debate, já que trata da vida dos servidores municipais. Aí está o ponto principal. A retirada do projeto na sessão da última segunda-feira da Câmara de Vereadores é fruto justamente disso. Servidores reclamaram com força que não foram ouvidos por meio de seus sindicatos e isso foi decisivo.

A retirada do projeto permitiu que o diálogo fosse intensificado, mas com profundidade. Os pontos mais sensíveis foram tratados e acenadas as modififcações, como a isenção de 2,5 passando para três salários mínimos.

Realmente, um cidadão que contribuiu durante toda a sua vida funcional, ser taxado agora com 14% do seu ganho, que já não é grande coisa, é muito duro. E a maioria deles está com idade avançada e necessitando de muitos gastos com a saúde.

Sem desconsiderar a situação do Fundo de Aposentadoria, mas não deve ser esse servidor que tenha a responsabilidade de consertar algo que foi criado no decorrer do tempo por falhas na atualização dos recursos.

Também foram sinalizadas mudanças na transição e pedágio, atendendo proposta feita pelo Sindicato dos Professores Municipais. O diálogo sempre será essencial.

Proposta agora deve ser aprovada

O projeto do Executivo de reforma da Previdência seria rejeitado. Isso é fato. São necessários dez votos favoráveis. A bancada do PDT formada por cinco vereadores firmou posição contrária se a proposta não for discutida com os sindicatos. Os vereadores Cristian Fontella (PT) e Márcio Antunes (MDB) também se manifestaram contrários, pelo mesmo motivo. Além disso, outros vereadores membros da bancada governista também estavam titubeando.

Assim, não restava outra opção ao prefeito Nívio Braz que não a retirada do projeto. Ele recebeu um telefonema do vereador Adolar Queiroz tratando do assunto e analisando o cenário. Foi sensível o prefeito e a melhor opção era mesmo a retirada.

Agora, diante da sinalização das mudanças a proposta deve ser aprovada.

Obra da ponte do Rio Ijuí terá ordem de serviço assinada

O secretário estadual de Cultura, deputado Eduardo Loureiro trouxe uma excelente notícia na manhã desta sexta-feira (5) em meio a entrevista concedida na Rádio Santo Ângelo.

Nesta sexta ocorreu a assinatura de contrato entre o Daer e a empresa que será responsável pela obra de duplicação da ponte sobre o Rio Ijuí na divisa de Santo Ângelo com Entre-Ijuís.

E a ordem de serviço será assinada na próxima semana. O valor de referência é de R$ 23,7 milhões e a ponte passará a contar com 16 metros de largura e toda estrutura renovada.

Atraso de R$ 27 milhões no FABS

Ainda dentro da questão da Previdência Municipal, a atual gestão não está pagando as alíquotas do FABS desde o mês de agosto. Vai fechar o ano com débito de R$ 27 milhões.

Já está na Câmara Municipal proposta de pedido de parcelamento desse débito em 36 meses. Ainda dentro da atual gestão, é preciso ressaltar. Isso vai dar mais de R$ 750 mil por parcela.

No comparativo, a chamada economia com o projeto de reforma da Previdência estaria em cerca de R$ 700 mil.

Mão única estendida na 15

Outra proposta polêmica que parte do Executivo é da extensão da mão única na Rua 15 de Novembro, que hoje começa no cruzamento com a Bento Gonçalves. Comerciantes já estão preocupados e manifestando sua contrariedade.

Essa proposta já chegou a ser discutida, porém, foi cancelada depois de uma análise do trânsito. Da Bento até o cruzamento com a Avenida Rio Grande do Sul a via é larga, comportamento a mão dupla e permitindo circulação que não prejudique o comércio.

Perguntar não ofende

E a revisão do plano do IPE Saúde para os dependentes do servidores municipais, vai sair ou já é passado?

Só para lembrar

Após reunião dos pais com o prefeito, a Secretaria de Educação anunciou que realizará o transporte dos alunos moradores na Barca dos Gabriel até a Barra do São João. Entretanto, o ponto de recolhimento e entrega dos alunos será no Parque de Exposições Siegfried Ritter. Ou seja, atendeu e não atendeu o pedido dos pais numa mesma ação.

Para refletir

“Dois monólogos não fazem um diálogo”

Edward Murphy