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SANTO ÂNGELO
18 de agosto de 2025
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Estado Segurança

Polícia vai procurar vítimas que desistiram de registrar ocorrência em plantão da Delegacia da Mulher

  • maio 5, 2025
  • 2 min read
Polícia vai procurar vítimas que desistiram de registrar ocorrência em plantão da Delegacia da Mulher

Após mudanças na direção do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) e reforço no efetivo, a Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher da Polícia Civil vai iniciar a busca ativa de 307 mulheres que desistiram de registrar boletim de ocorrência entre fevereiro e abril deste ano.

Um relatório interno da corporação apontou que as vítimas abandonaram o processo por conta da demora no atendimento na 1ª Delegacia Especializada. A falta de pessoal foi revelada em reportagens da jornalista Adriana Irion, do Grupo de Investigação da RBS (GDI).

Segundo a nova diretora do DPGV, delegada Tatiana Bastos, as mulheres que preencheram formulários, mas não concluíram o registro, serão procuradas pelas equipes. “Já solicitamos o envio de todos os formulários desde fevereiro. Vamos realizar busca ativa em todos os casos. Mais importante que entender os motivos da desistência é oferecer atendimento a essas mulheres”.

Com a ampliação do efetivo, Tatiana afirma que o cenário já mudou: “Não tivemos mais nenhum minuto de espera. Era só o tempo de preencher a ficha. Desde então, nenhuma mulher desistiu ou enfrentou atrasos além do necessário”.

A delegada destacou que as desistências fazem parte do ciclo da violência doméstica, e que é fundamental um acompanhamento constante da rede de proteção. “Muitas desistem na hora de assinar a ocorrência. Outras, mesmo após uma tentativa de feminicídio, negam que o agressor seja o responsável. Isso também é parte do ciclo de violência. Às vezes, enquanto estão na delegacia, ele já está ligando para elas”, relatou.

Com experiência à frente da Deam, Tatiana estabeleceu uma série de prioridades para os primeiros 15 dias de gestão, incluindo reuniões com o Ministério Público e o Judiciário, além de visitas a abrigos e albergues que acolhem mulheres em situação de violência.

Fonte: gzh

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Carolina Gomes

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