Polêmica e derrota desnecessárias

A rejeição do projeto do Executivo que propunha um novo brasão para Santo Ângelo foi a lógica de uma proposta que não deveria ter sido apresentada. A mudança de um símbolo do Município não pode ser tratada assim, sem uma discussão mínima com a comunidade.
A percepção popular foi imediata: qual a razão, a necessidade e os custos da ação? A reação popular foi exposta imediatamente. Na sequência, vieram os questionamentos históricos e culturais, também com sua importância. O somatório foi um desgaste desnecessário no início do governo.
Três integrantes da base governista sentiram que o clima não era propício para a mudança e votaram pela rejeição do projeto. E quem se expôs, tentando defender a iniciativa com argumentos absurdamente frágeis, deve estar muito arrependido. Desgaste tão desnecessário quanto a apresentação do projeto.
Constrangimento explícito
A situação era tão difícil para a defesa do projeto que em meio a discussão, vereadores da base governista chegaram a manifestar desejo de se pronunciar, quem sabe, fazendo a defesa do novo brasão. Porém, notando o cenário nebuloso para defender a ideia, simplesmente recuaram e esperaram a votação.
Ali ficou claro que não existia mais clima para prosseguir com a ideia. Que a rejeição popular tomou forma também no plenário. A derrota estava definida.
Faltou sensibilidade
Ao presidente do Legislativo, Nivaldo Langer de Moura, o Nêne, faltou sensibilidade. O caso de pedido de espaço do Instituto Histórico e Geográfico para que seu representante se pronunciasse na sessão, a negativa está embasada no pedido anterior de outra entidade. Ok.
Entretanto, quando foi levantada a possibilidade de, pelo regimento do Legislativo, colocar em votação a possibilidade de representante da Subseção local da OAB ocupar o tempo de dois minutos da discussão do projeto, a negativa não se justifica.
A alegação que o teor do posicionamento da OAB estava no grupo de Whats dos vereadores é a prova da falta de sensibilidade e de espírito democrático para ouvir o contraditório.
Perguntar não ofende
Afinal, de quem partiu a “brilhante” ideia de propor a troca do brasão?
Só para lembrar
Passaram quatro anos falando de problemas financeiros, de situação crítica, etc, agora não dá para reclamar. Tem é que trabalhar. Ao gestor não cabe ficar chorando, mas sim trabalhar para encontrar soluções.
Para refletir
“O líder que mostra incoerência naquilo que faz arrasta
a sua liderança para o fracasso”.