Estratégia e articulação levaram Vando à presidência da Câmara

Toda eleição para o Legislativo é marcada pela estratégia adotada e pela capacidade em torná-la real. Essa capacidade de aliar ação estratégica e capacidade de convencimento, a chamada articulação política, define vitória ou derrota.

Na eleição da última segunda-feira não foi diferente. Vando Ribeiro (PSDB) soube trabalhar muito bem, usando as informações disponíveis, os descontentamento e até mesmo a credulidade de alguns em pensarem que são maiores do que a estatura que verdadeiramente possuem.

Existia um racha claro e público no grupo que elegeu Nivaldo Langer de Moura, o Nêne (PP), em 1º de janeiro, e Jonatas Toledo (PP) em julho. O próprio Nêne não era simpático à possível eleição de Carlos Gromoski (PL) para a presidência. Segundo comentários, Vilson Rocha, o Buiú (PP) compartilhava dessa posição. Sendo assim, Vando ocupou um espaço interessante, com ampla possibilidade de ser presidente com a base do governo, como acabou sendo, ou pela posição angariando os dissidentes.

À administração municipal restou dobrar Gromoski para não perder aliado no comando da Câmara e ver a oposição chegar ao poder e assim se manter até o fim do mandato.

Assim, Vando foi eleito presidente, tendo Buiú como vice e Gromoski na condição de secretário.

Conta antiga

O fato de Márcio Antunes (MDB) não votar em Vando, como deixou claro publicamente, ajudou nessa decisão. Aliás, esse é um exemplo do que escrevi na coluna passada sobre o peso de contas antigas nas eleições da Câmara.

 Resiliência

Gromoski foi resiliente, soube entender o que o quadro apresentava. Resta saber se dessa vitória restou acordo para eleger sucessor, se lá na frente Gromoski será recompensado pela sua resiliência. Lembrando que na grande maioria das vezes não se concretiza.

 Perguntar não ofende

O sujeito defende a liberdade de expressão desde que ele concorde com a expressão. Quer coisa mais autoritária que isso?

Só para lembrar

A obra do novo traçado da BR-392, entre Santo Ângelo e Santa Maria, está em fase final de elaboração do projeto executivo e a perspectiva é de ser incluída no PAC em 2026. São sete lotes. A prioridade para execução são os dois lotes das pontas, o início em Santo Ângelo e o contorno de Santa Maria.

Para refletir

“O pior inimigo de um pobre é outro pobre que se acha rico e que defende aqueles que os tornam pobres”

Pepe Mujica