A ascensão meteórica de Luizinho Corrêa: da gaita missioneira ao estrelato nacional na internet

O gaiteiro santo-angelense Luizinho Corrêa tornou-se um dos maiores sucessos da internet. Com muito carisma, ele tem feito a alegria dos internautas contando seus “causos” aliada a sua qualidade como músico.
Já reconhecido como instrumentista, tendo uma carreira consolidada, com experiência de ter trabalhado com artistas consagrados como Gaúcho da Fronteira, gravado com Renato Teixeira e um dos mais requisitados para a gravação de jingles comerciais, ele explodiu na internet ao participar do Caixa Preta, podcast porto-alegrense comandado por Arthur Gubert e Pedro Smaniotto.
Luizinho foi chamado para substituir o colega Nilton Junior, apelidado pelos apresentadores do programa de “Checheca”. Espirituoso, o missioneiro se apresentou como substituto do “Checheca” e se auto batizou de “Vagino”. A partir daí, com as histórias que contou e os comentários hilários, tornou-se a atração principal do programa.
Os chamados cortes de sua participação viralizaram na internet. Passou a ser chamado para diversos podcasts gaúchos e ultrapassou a barreira do Estado. Na semana passada, esteve no Ticaracaticast, programa no YouTube comandado pelos humoristas Bola e Carioca e considerado o de maior audiência no País.
Nem tudo foi alegria na trajetória de Luizinho. Na tragédia da enchente de 2024, ele e sua família perderam tudo, casa, carro, mobília, pertences pessoais, além da amada coleção de facas, os mais de cinco mil discos de vinil, mas salvou a gaita Pollina, italiana de 1960 e que não é mais fabricada. Enfrentou de cabeça erguida e com a certeza da recuperação e seguiu seu caminho, com o mesmo bom humor e jeito otimista de levar a vida. E está recompensado pelo sucesso nacional que alcançou.
SANTO ÂNGELO
Luizinho Corrêa ainda tem tio, tias e primos residindo em Santo Ângelo, de onde saiu aos três anos, retornou anos depois, mas voltou para Porto Alegre. “Minhas principais lembranças são as idas a casa dos meus avós, na rua Andradas, churrascos em família que meu tio Eurico fazia para gente aos domingos e as idas ao extinto bar arena”.
A essência missioneira está na sua arte, suas inspirações são os conterrâneos Reduzino Malaquias e João máximo, além de Albino Maquine, Dominguinhos e Chiquinho da Cordeon. Sobre a alegria, diz que desde pequeno sempre gostou de escutar os causos dos mais velhos e replicava aos amigos. “Com o tempo fui vivenciando e escrevendo as minhas próprias histórias que hoje são os causos que centenas de pessoas escutam”.
RECONHECIMENTO E COMÉDIA
Sobre o reconhecimento nacional, ele diz que é muito bacana e que é muito grato pelo reconhecimento e carinho de todas as pessoas, “desde as que estão comigo sempre, as que me ajudaram a iniciar essa caminhada e até mesmo as que me conheceram agora, com um pouco mais de notoriedade e de alguma forma gostam de mim. Sou muito grato! Tenho conhecido pessoas e artistas que jamais imaginei conhecer, tem sido legal demais!”.
Indagado se pretende aliar a carreira de músico com a comédia, diz que sim, mas que sempre foi e sempre vai ser músico. “A comédia sempre esteve presente na minha vida e me abraçou, mas a música é o meu chão, esteve comigo em todos os momentos difíceis e todos os momentos felizes, foi a música que trouxe a oportunidade que mudou minha vida e a música continuará bem aqui, grudada comigo”.
Hoje, ele se apresenta pelo país e interessados podem entrar em contato com João Pedro, pelo telefone (51) 99721-1405.

