“A gente não queria ganhar”, ironiza Mano sobre decisão de poupar titulares do Grêmio

A escalação do Grêmio na derrota para o Botafogo causou surpresas. Além de Arthur e Amuzu, que sequer viajaram ao Rio de Janeiro, Carlos Vinícius, Pavon e Cristaldo, titulares na boa atuação na vitória sobre o Vasco da Gama, começaram no banco no Nilton Santos.
Após o jogo, Mano Menezes foi questionado sobre a decisão de preservar atletas e usou de ironia na resposta antes de explicar os problemas que envolveram Amuzu, Artur e Vinícius.
— Porque a gente não não queria ganhar… — respondeu Mano, antes de seguir:
— Quando termina um jogo a gente reúne os jogadores, conversa, faz avaliações, ouve o departamento médico, os que já estão com acúmulo. Amuzu vem jogando com desconforto, o Artur tomou uma pancada no pé, é uma questão de trauma. Se eu coloco aqui e perco ele para os últimos jogos estaria fazendo algo que não devo. Carlos Vinícius não fez a recuperação na íntegra. Conversei com ele e decidimos que jogar na segunda parte era melhor. Para mim era mais fácil colocá-lo, é o goleador da equipe. Vocês acham que deixaria o goleador do time fora se ele falasse que tem condição de jogar? — questionou.
Além de poupar titulares, Mano surpreendeu ao escalar Lucas Esteves como o extrema do lado esquerdo. Ele foi questionado sobre como jogadores da função, casos de Pavon e Aravena, reagiram a essa decisão e voltou a ter um tom irônico na resposta.
— Sempre converso com os jogadores de funções, sempre explico. O Pavon sabe que tem sido importante para a gente, fez duas assistências. Estamos felizes com isso e por ter acreditado nele quando ninguém acreditava. Perguntar pelo Pavon agora é incoerência. O Aravena iniciou contra o Bragantino e todo mundo disse que não deveria ter começado porque jogou mal — completou.

