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SANTO ÂNGELO
22 de novembro de 2025
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Opinião

Previdência municipal: complexidade e queda de braço

  • novembro 22, 2025
  • 5 min read

A proposta de mudanças na previdência municipal poderia ter sido votada na semana anterior, porém, três vereadores não estavam na Casa e, com isso, não teve quórum, já que agora suplente só assume com 120 dias de afastamento do titular. E são necessários dez votos para aprovar o projeto.

Depois disso, como retratado na coluna da semana passada, foi realizada reunião entre representantes da administração municipal e da Câmara de Vereadores, para tentar alinhar a proposta, que ainda não foi colocada na ordem do dia. A proposta é controversa e nem seria diferente pela complexidade do caso. As principais queixas estão no aumento da alíquota e na proposta de que inativos passarão a contribuir novamente.

Além disso, o tempo de espera de quem está próximo da aposentadoria pelas regras atuais para efetivamente alcançar o benefício é outro ponto de queixa.

O Sindicato dos Professores Municipais apresentou contraproposta e está agendando assembleia para associados decidirem sobre a questão. E essa discussão precisa, mesmo ser ampla, para evitar qualquer ponto solto.

Defesa dos direitos e necessidade de alterações são os ângulos opostos que foram à queda de braço. Chegar ao equilíbrio é o ideal, mas sabe-se que isso nem sempre é possível.

E vale lembrar que a reforma previdenciária nacional prejudicou apenas os trabalhadores, mantendo privilégios e distorções que são as verdadeiras razões para as dificuldades do setor.

 

Associação dos Aposentados e Pensionistas

Também tem reclamação da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Prefeitura de Santo Ângelo afirmando que não ocorreu convocação para nenhuma reunião sobre o assunto.

A queixa apresentada é quanto ao desconto de 14% a partir de dois salários. Os salários acima do piso do INSS já tem esse percentual descontado. Lembrando que os aposentados não recebem o vale-alimentação de R$ 1 mil.

Foi feita ainda uma recomendação para que os membros da Associação se dirijam até a Câmara de Vereadores e se manifestem na próxima sessão. Deixando claro, que o déficit do regime de previdência do Município não é desconhecido, mas que a responsabilidade não é dos servidores aposentados e nem dos pensionistas, não sendo justo que somente eles paguem essa conta.

 

25 anos de Defensoria Pública

O amigo Waldemar Menchik Junior está comemorando 25 anos de um trabalho fundamental para a sociedade desenvolvido na Defensoria Pública. Membro da 1ª turma da Defensoria gaúcha, aprovado no concurso estadual de 1999, ele foi o 12º colocado entre os mais de oito mil candidatos.

Ex-vereador em Guarani das Missões, ele iniciou sua atuação como defensor público em Caxias do Sul, passando ainda por Estrela e Viamão, até chegar a Santo Ângelo, onde angaria o respeito e o carinho da comunidade não só pela exemplar atuação profissional, mas também pelo envolvimento cultural. Recentemente lançou sua quarta obra literária. É membro da Academia de Letras e foi patrono do Canto Missioneiro, onde também teve letra de sua autoria classificada. É merecedor de todo o reconhecimento. Parabéns!

 

Faixas de pedestres: pintura e análise

A Coordenadoria Municipal de Mobilidade Urbana realizou nesta semana a recuperação da pintura de faixas de pedestres de vários pontos da cidade. Uma boa medida. Essas pinturas precisam, mesmo ser renovadas periodicamente, trata-se de segurança.

Porém, é necessário, também, reavaliar a colocação de algumas faixas de pedestres. A que fica na Avenida Brasil, cruzamento com a Marechal Floriano, entre a praça e a calçada de uma farmácia, teria que ser revista. Abre a sinaleira, os carros começam a avançar e já se deparam com a faixa de pedestres. É bem complicado e , por isso, poucos motoristas conseguem respeitar naquele espaço a preferência dos pedestres.

A faixa da Travessa Mauá, esquina com a Marquês do Herval, também está em posição bem complicada. O veículo, ao dar preferência ao pedestre, fica numa posição difícil, trancando a passagem pela Marquês. E no horário de maior fluxo é bem arriscado.

E tem ainda as faixas onde veículos de grande porte estacionados impedem que os motoristas visualizem se pedestres estão entrando na via. Tem que olhar por baixo do veículo estacionado para verificar se tem alguém ingressando na faixa.

 

Perguntar não ofende

Em São Paulo, um pai destruiu um painel com desenhos de crianças sobre cultura africana, afirmando que tratava-se de doutrinação. No dia seguinte, convidado pela direção da escola para falar do assunto, apareceu acompanhado de policiais armados para “enquadrar” professores e a direção.  Racismo, fanatismo religioso e truculência. Se o trabalho fosse sobre Halloween, fantasia norte-americana, o pai certamente aplaudiria. Onde vamos parar?

 

Só para lembrar

Quinta-feira transcorreu o Dia da Consciência Negra, que serve para refletir e para mostrar que o racismo segue agindo, muito dissimulado, mas por aí. O novo modelo desse preconceito está incrustado na desinformação, na ode pela postura que insiste que qualquer coisa que se coloque contrariamente é só “mi-mi-mi”. São falsas verdades e desconhecimento monstruoso da história que embasam as ações preconceituosas.

 

Para refletir

“Se você fica neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor”

Desmond Tutu, arcebispo sul-africano ganhador do Nobel da Paz de 1984 por sua luta contra o apartheid no seu país

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