Imagine o cenário
Que cenário! Sob luzes ofuscantes o breu cedeu assustadoramente tornando mochas as vestes que o sustentavam e, em velocidade trepidante formou-se um clarão formidaloso emergindo estrelas exponenciais, figuras com ares de realeza, houvesse maior espaço, seguramente, dir-se-iam, somos, melhor, sou a magnificência personificada, eis-me astro dos astros, estrela das estrelas, vinho dos vinhos, ostento o topo da maestria sustentado pelas minhas asas imponentes e, neste horizonte sou a aquarela deitada ao lunar da lua espatifada diante da minha grandeza!
Holofotes grandiosos realçando aquela excelsitude brindando aos convivas com risos, filhos das faces mimosas e extravasantes de si e para si, suspirando delírios multicor, em esplendorosas feições, compleições de fascínio cativador, panorama dulcemente requintado e as figuras alfaiatadas – estilisticamente vestidas -, olhos penetrantes, embebidos de fulgor, lançando eflúvios cativantes aos deslumbrados séquitos, estes, experimentando a própria perplexidade, assustadiços, incompreendendo o emaranhado e desconhecendo da persuasão!
O altar-mor revestia-se resplandecente envolto em fulgor, diferente poderia ser? Ele, palco para prodigalidade, dizer-se passarela primaveril, magnitude ao desfilar de beldades outonais, embora alijadas, levemente, de cores viças, impiedosamente desbotadas, contudo, eternos protótipos em púrpuras celestiais, ostentando dotes onipotentes, suprassumo da essência, revestida com a desejada pessoalidade que traduz o egrégio sabor de essências hipnotizantes, aos olfatos privilegiados, requisitos indispensáveis em “efemérides” desta natureza!
Momento eletrizante, ímpar! Conjuntura típica às comemorações desta envergadura magnífica, onde pousa a idolatria da perplexidade e o êxtase dos êxtases dos longos, louros e profundos e oxigenados e duradouros respirares, momentos transponíveis em leveza, ensejando gravitar entre deuses paranormais, em sua dosimetria e simetria na grandeza, galgando com as excepcionalidades, os requintes permissíveis, somente, aos da realeza, desfrutando, passa a passo, algo passível e permissível aos detentores dos lauréis premiados com o distintivos dos gigantes terrenos! É a leitura!!

