Assine o Jornal das Missões! Clique aqui!
SANTO ÂNGELO
21 de novembro de 2025
Rádio AO VIVO
Opinião

Ponte internacional: entre descrença e otimismo

  • outubro 25, 2025
  • 6 min read
Ponte internacional: entre descrença e otimismo

A assinatura do contrato com o Consórcio Ponte do Rio Uruguai para a obra da Ponte Internacional Porto Xavier-San Javier renovou o otimismo pela conquista esperada há décadas pelos missioneiros.

Cada comentário ou noticia sobre a ponte, desperta a ambigüidade, de um lado os que ficam otimistas, esperançosos e confiantes que agora vai. De outro, os que não acreditam, devido a tudo que foi vivenciado nessas décadas. E essa descrença é fruto de ações até mesmo irresponsáveis por parte de alguns, que sabidamente não se concretizariam e que formaram a desconfiança em torno da obra. E tem ainda os que tentam usar essa desconfiança para aparecer, para tentar atingir alguém que esteja ligado ao projeto. Um desses estava voltado para o Aeroporto Regional, que dizia ser “balela para enganar trouxa”. Com a concessão assinada, recursos destinados para obras emergenciais e voos operando com taxa de ocupação altíssima, voltou seu “ódio” para a ponte internacional.

Fato é que nunca o processo esteve na fase em que está, do contrato assinado com um consórcio formado por empresas de alto conceito. A obra está projetada para cerca de quatro anos, e sempre foi assim. Quem anunciava que estaria pronta em dois anos ou menos é porque desconhecia completamente os estudos preliminares e buscava apenas “faturar” com a obra.

E quatro anos passam rápido e podem deixar a balsa apenas na memória.

 

 

Canto Missioneiro em novo local

Começa na quinta-feira (30) a 16ª edição do Canto Missioneiro. O festival que nasceu depois da insistência grande de um grupo local que vislumbrava a oportunidade de Santo Ângelo voltar a sediar um evento nativista. Teve o “espasmo” do Canto dos Livres, em 2003, liderado pelo saudoso Jorge Freitas, mas que não infelizmente não recebeu a devida sequência.

O Canto nasceu em 2008, quando o então prefeito Eduardo Loureiro “comprou” a ideia. E de lá para cá se consolidou, sendo referência para os compositores, instrumentistas e interpretes.

Neste ano, será realizado no Pavilhão 1 do Parque de Exposições Siegfried Ritter. Penso que é um risco. A ideia é proporcionar um maior uso do parque, o que não é ruim. Porém, o festival tem uma característica diferente. O público acostumou com o evento na área central, seja no Teatro Municipal, em frente à Catedral ou no CTG 20 de Setembro, com facílimo acesso.

Não tem cobrança de ingresso, o que foi definido na formatação do Canto, e não terá cobrança de estacionamento no Parque. O espaço do Pavilhão 1 não é maior do que o disponibilizado no CTG 20 de Setembro, por exemplo.

Não tenho dúvida que a iniciativa tem a melhor das intenções, mas quebra um costume, o que é sempre complicado.

 

Festival voltará a ser março

Em 2026, o Canto Missioneiro voltará a ser realizado em março, como foi projetado desde o início, para integrar a comemoração do aniversário de emancipação político-administrativo de Santo Ângelo.

Mesmo que seja curto o espaço de tempo entre a edição deste ano e a de 2026, a data atende um pedido feito pelo secretário estadual de Cultura, Eduardo Loureiro, ao prefeito Nívio Braz.  Ideia é realizar um evento imponente, integrando as comemorações dos 400 anos das Missões, com investimentos da Secretaria Estadual de Cultura. E realização na praça, em frente a Catedral, com estrutura condizente, inclusive, para a possibilidade de chuva. O projeto já está aprovado na Lei de Incentivo à Cultura.

 

Diretas

A pesquisa buscou identificar o nível de valorização do magistério. Apenas 14% dos professores responderam que se sentem valorizados pela sociedade. É triste.

 

A polarização política sofreu uma redução diante dos últimos acontecimentos. Fruto do desencanto. Porém, ainda é consistente e exacerbada na defesa de cada lado pelos extremistas. O maior mal segue sendo exatamente esse, o extremismo, que não tem princípios e nem respeita limites.

 

Os chamados jogos de azar existem desde sempre. A diferença é que agora estão estruturados com as chamadas bets. E no Brasil, a força é tamanha que já há uma bancada no Congresso Nacional identificada e ligada até a alma com as casas de apostas. Recentes votações deixaram isso bem claro. E assim, as bets seguem faturando alto e pagando muito pouco em impostos.

 

Segundo a Famurs, a isenção do Imposto de Renda (IR) para os brasileiros que recebem até R$ 5 mil mensais pode gerar uma queda de arrecadação de até R$ 757,5 milhões apenas em 2026 para as prefeituras gaúchas. É preciso encontrar uma maneira de recompor esse dinheiro, sem dúvida. Entretanto, isso não pode ser usado como justificativa para tentar barrar o benefício da isenção a milhões de brasileiros.

 

A redução de receitas seria motivada pela diminuição das parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e pelo recuo de arrecadação própria com servidores que deixariam de contribuir no novo cenário. Em todas as cidades do país, a perda é estimada em R$ 11,7 bilhões.

 

Perguntar não ofende

Enquanto seguem as falas e justificativas, a pergunta é: quando vão sair do discurso e começar a prática? Menos “lives” e mais ações.

 

Só para lembrar

Administração de Santo Ângelo espera por R$ 8 milhões extras para fechar o ano. A venda da folha de pagamento dos servidores deve arrecadar R$ 5 milhões na avaliação do prefeito Nívio Braz. Os outros R$ 3 milhões são da Corsan, referentes ao contrato firmado pelo ex-prefeito Jacques Barbosa, que deixou acertado cerca de R$ 60 milhões em recursos no prazo de dez anos.

 

Para refletir

“Do mesmo modo que o metal enferruja com a ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a inércia esgota a energia da mente”.

Leonardo da Vinci

 

About Author

HOGUE

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *