Feira do livro, Canto Missioneiro e Piá
Entre os dias 22 e 29 de outubro do corrente ano, ocorre no parque de Exposições Siegfried Ritter, em Santo Ângelo/RS, uma feira com o tema – 400 anos de “Histórias e Saberes Missioneiros” -, a feira recebe a denominação de: 10ª Feira do Livro Multicultural de Santo Ângelo, trazendo em seu bojo, diversidade, entre lançamento de livros com sessões de autógrafos, realização de peças teatrais, contação de histórias, roda de conversas, troca-troca de livros e gibis, o evento é uma promoção e organização da Prefeitura Municipal, abraçado pelas secretarias de Esporte, Cultura e Educação.
A realização da feira no parque de exposições, segundo informes, dá-se em face da realização concomitante devido a diversidade de atividades, incluído nelas, shows musicais, teatralizações, exposições, talvez, o raciocínio da equipe organizadora em “desprezar” a praça, lugar da feira e do livro, esteja em concluir que a presença de grande público no parque, resulte em maior fluxo de pessoas no espaço das livrarias (os expositores), dos livros e dos escritores, neste momento ninguém está “autorizado” desprezar a experiência, resta a expectativa, enquanto isso, vamos pensar positivamente, pelo sucesso do evento.
Outro evento a ser realizado no mencionado local, é o 16º Canto Missioneiro da Música Nativa e o 15º Canto Piá, é preciso mencionar que os eventos musicais, somente alcançam o objetivo no exato momento em que há público, razão última de todo e qualquer espetáculo, ademais, os artistas do Rio Grande já estavam acostumados ao palco do Largo Histórico de Santo Ângelo, todos, uníssonos, mencionavam a energia e a imponência do espaço, ademais, Santo Ângelo, queiramos ou não, é reconhecido pela Catedral Angelopolitana, na opinião do colunista, a mudança prejudicará não só o evento, mas também a cidade como um todo e o público, apenas os aficionados acorrerão ao parque!
O teatro municipal Antônio Sepp encontra-se em fase de conclusão da restauração, ele abrigava os cantos Missioneiro e Piá, quando as condições climáticas impediam a sua realização no Largo Histórico, no interregno do restauro do teatro havia uma alternativa viável, bem localizado, de fácil acesso e com estrutura condizente no entender dos músicos, onde foram realizadas duas edições à contento do mundo artístico, conforme depoimentos colhidos, ainda que o parque de exposições ofereça algum atrativo, estaremos órfãos do que os músicos mais ambicionavam: cantar no grande palco nu, na magia do luar… suplica-se: pelo retorno às origens, ao fascínio da Lua!

