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14 de outubro de 2025
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Internacional Política

Brasileiro é condenado a 10 anos de prisão por tentativa de assassinato de Cristina Kirchner

  • outubro 8, 2025
  • 2 min read
Brasileiro é condenado a 10 anos de prisão por tentativa de assassinato de Cristina Kirchner

O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 38 anos, foi condenado nesta quarta-feira (8) a dez anos de prisão por tentar assassinar Cristina Kirchner em 2022, em Buenos Aires.

Durante o atentado, Montiel apontou e disparou uma arma contra a cabeça da então vice-presidente da Argentina, mas o tiro não foi disparado devido a uma falha no mecanismo. O ataque ocorreu enquanto Cristina acenava para apoiadores em frente à sua casa, no bairro da Recoleta.

A ex-namorada de Montiel, Brenda Uliarte, de 26 anos, foi condenada a oito anos de prisão por participação no crime, e um terceiro acusado, Nicolás Carrizo, foi absolvido. Cabe recurso em todos os casos.

Na sentença, o tribunal rejeitou o pedido da defesa para declarar Sabag Montiel inimputável. A pena aplicada foi somada a outra de quatro anos e três meses de prisão por posse e distribuição de material de abuso sexual infantil, totalizando 14 anos de reclusão.

Nascido no Brasil em 1987, filho de mãe argentina e pai chileno, Montiel vive na Argentina desde o início dos anos 1990. Segundo a imprensa local, seu pai foi expulso do Brasil em 2021.

Durante a audiência, Montiel falou ao tribunal e fez declarações confusas, comparando-se ao promotor Alberto Nisman, morto em 2015 após acusar Cristina Kirchner. Ele alegou que o caso foi “fabricado” e que “plantaram uma arma”, segundo o jornal La Nación.

A arma usada na tentativa de assassinato era uma Bersa calibre .32 (7,65 mm). No vídeo do atentado, é possível ver Montiel erguendo a mão esquerda com a pistola e tentando atirar, mas o disparo falhou. Ele foi preso imediatamente por agentes da Polícia Federal argentina que faziam a segurança de Cristina.

Após o episódio, a vice-presidente manteve a calma, continuou cumprimentando apoiadores e dando autógrafos. À época, ela contava com uma equipe de cerca de 100 seguranças.

Montiel já havia sido detido em março de 2021 por porte ilegal de arma, ao ser flagrado com uma faca de 35 centímetros, que disse usar para “defesa pessoal”.

Segundo a polícia argentina, o brasileiro possuía tatuagens com símbolos nazistas e seguia grupos radicais nas redes sociais, como “comunismo satânico”. Vizinhos o descreveram como uma pessoa instável, “propensa a dizer tolices” e com o hábito de esperar músicos famosos em hotéis, conforme o portal Infobae.

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Carolina Gomes

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