Câmara Federal catingando
Milhões de brasileiros com espírito de brasilidade, de modo especial os brasilienses, andavam indignados com a catinga que havia inundado a Câmara Federal em setembro de 2025. Catinga espessa – parecia nuvens de vulcão – estava quase rebentando em pedaços as paredes da Câmara Federal e querendo invadir a força verde-amarela o Senado. O início das catingas no Brasil – muitos sabem – é antigo. Dizem que das inúmeras catingas sobressaem as de um corpo monstro, ou seja, de uma PEC. Essas aumentaram como nunca antes em setembro. Atingiram no mês histórico para os brasileiros e para os gaúchos os sumos graus no dia dezesseis e terminaram extintas no Senado – parece que – oito dias depois, ou seja, no dia vinte e quatro. Voltarão? Talvez. Catingas são catingas. Mais as desses tipos!
Todos os que conservam saberes sabem que entre outros saberes existem os de causa e efeito. Um exemplo de causa e efeito, bem simples e popular, pode ser este: catinga é efeito. Efeito de carniça. Sim, de um corpo ou mais de um bichado e em putrefação. Catinga tem, pois, causa ou causas. Brasileiros probos querem descobrir, e com razão, a causa ou as causas dessa catinga brasiliense e brasileira. Catinga expelida de um corpo ou mais apodrecendo, ou seja, de uma ou mais carniça. Os brasileiros esses acham que uma CPACC – Comissão Parlamentar Anti Catinga e Carniça –, uma vez criada, atuante, investigativa, poderia com o tempo identificar esse corpo ou esses corpos que, em acentuados estados de podridões e tomados de bicheiras vorazes, foram causas de tantas e tão demoradas catingas no Brasil, de modo especial em Brasília neste ano, dentro e fora da Câmara Federal.
Brasileiros probos, que têm e valorizam o espírito de brasilidade, deduzem, sem ainda provas robustas, é claro, que uma das causas dessa volumosa catinga esteja na PEC da impunidade parlamentar. Outra talvez nas inúmeras emendas parlamentares federais milionárias estourando de corrupções e segredos. Outra talvez nos mais de trezentos vergonhosos, covardes e fedorentos votos secretos em duas sessões rápidas da PEC no dia 16 de setembro. Outra talvez nas maquinações antipopulares e antipatrióticas dum deputado federal verde-amarelo idolatrando Trump nos Estados Unidos. Outras ainda seriam talvez…
Assim, hoje isto. Adiante vem mais. A verdade faz luz, dissipa trevas… Enfim, encaixa bem esta brilhante fala de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os Poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.