
O Grêmio passará a administrar a Arena a partir do dia 1º de novembro, dois meses antes do inicialmente previsto (janeiro de 2026). A antecipação foi definida em reunião nesta segunda-feira (29) entre o presidente Alberto Guerra e o empresário Marcelo Marques, responsável pela compra da gestão do estádio em julho.
A partir da nova data, o clube assumirá a contratação de profissionais para cargos de diretoria e gestão da Arena. Já os cerca de 40 funcionários que atuam na operação diária do estádio seguirão em suas funções, a pedido de Marques, para garantir a continuidade dos serviços.
O empresário também propôs que sejam firmados documentos para assegurar dois pontos:
- a separação entre o caixa da Arena e as finanças do clube;
- a proibição de que o estádio seja usado como garantia em operações de crédito.
Essas medidas buscam evitar problemas semelhantes aos que impediram, no passado, a troca definitiva do Olímpico pela Arena devido à dívida da construção.
Melhorias garantidas antes da transição
Mesmo com a antecipação da entrega, Marques seguirá responsável por investimentos no estádio até o fim do ano. Entre as melhorias já confirmadas estão:
- troca do gramado ao término da temporada;
- instalação de painéis de LED nos anéis da Arena, para exploração comercial pelo Grêmio;
- modernização da internet do estádio;
- compra de equipamentos para iluminação artificial do campo.
Processo de compra
Marques, torcedor do clube e ex-pré-candidato à presidência, adquiriu parte das dívidas da Arena por R$ 145 milhões, colocando fim a uma negociação que se arrastava há anos. Além disso, já emprestou R$ 63 milhões ao Tricolor em 2025 para reforços na janela de transferências.
Na última semana, ele desistiu de disputar a eleição presidencial do clube e se afastou da vida política, embora tenha dado nome à chapa mais votada no Conselho Deliberativo no último sábado.



