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SANTO ÂNGELO
23 de novembro de 2025
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Opinião

Banha no couro, azeite não

  • setembro 19, 2025
  • 3 min read

“E vivam os gaúchos e as gaúchas de todas as querências! E vivam as virtudes farroupilhas! Hasteadas sempre, sempre bem hasteadas!”

Pois de 1980 a 2008, quando morava na Avenida Brasil, 85, onde hoje está Rei dos Vidros, morava na frente, noutro lado da avenida, abaixo da casa de João e dona Lídia, pais do doutor Sérgio Krinski, o seu Mário da Silva, pequeno fazendeiro com terras em Colônia Vitória. Numa conversa,das inúmeras que tivemos, entrou naquele fim de tarde de verão entre outros assuntos o do ele engraxar uma tira de couro com banha e outra com azeite de soja para fazer um relho trançado de oito.

No próximo bate-papo, dali a duas semanas, vi que a tira de couro preparada com banha estava macia e a preparada com azeite de soja estava dura. A tira com banha deu para fazer o relho. A tira com azeite não deu. Esta estava tão endurecida que nem a faca bem afiada conseguia cortá-la em tiras.  O seu Mário, então, disse-me coisas sobre a banha, azeite e mais produtos usados nos alimentos que muito me chamaram atenção. Alguns dos conteúdos, com as mesmas palavras dele quase todas, estão entre aspas nas frases que seguem.

“Na minha casa se usa banha nas comidas: feijão, arroz, carne… Azeite em comida alguma entra. Entra vinagre bom de vinho da colônia nas saladas. Menos vezes o de maçã e de oliva. Pois assim como o azeite endurece o couro, como você viu, assim também endurece as veias e as artérias das pessoas. É por isso que hoje há tantas pessoas adultas e idosas com dores em muitas partes do corpo. Tantas pessoas enfartando e morrendo de enfarto antes do tempo. Azeite de soja, de modo especial esse, brometo de sódio em excesso usado nos pães, cucas, tortas, bolos e bolachas, hormônio de crescimento e engorde do gado para abate e consumo, fora outros produtos afins, hoje abundantes nos supermercados, viraram fábricas que endurecem veias, artérias e juntas, que geram dores  em várias partes do corpo, braços, pernas…”

“Outro produto que muito entope as veias é o açúcar branco. Em casa o açúcar branco tem pouca entrada. É usado o mascavo. Refrigerantes enchidos de cocaína e açúcar fazem corpo gordo e flácido, ossos fracos… Hormônios de crescimento e engorde dos animais e aves rebentam as células das carnes deles… Tiram gosto e  cheiro de carne, da carne natural como era a de antes tempos e sem esses venenos. Fora esses, há muitos outros produtos nos alimentos e refrigerantes hoje industrializados sendo fontes de tantas doenças, enfartos, cânceres, mortes…”

Assim, vem do Mário mais coisa no mais adiante. Pesquisas em laboratórios universitários poderiam comprovar ou não essas suspeitas do campeiro Mário.

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Artur Hamerski

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