
O tenente-coronel Mauro Cid, delator e réu na investigação da suposta trama golpista, pediu desligamento do Exército. A informação foi confirmada por sua defesa durante o primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por ser delator do caso, a defesa de Cid foi a primeira a se manifestar. Na sequência, falarão os advogados dos outros sete réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o advogado Jair Alves Ferreira, o pedido de baixa foi feito porque Cid “não tem mais condições psicológicas de continuar como militar”.
A defesa destacou ainda que a delação premiada foi um processo traumático para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, já que envolveu não apenas o ex-presidente, mas também generais de alta patente, como Walter Braga Netto — atualmente preso sob acusação de tentar obstruir investigações — e antigos colegas de farda.
De acordo com os advogados, a colaboração resultou em isolamento e no estigma de “traidor”, mas foi fundamental para revelar pontos centrais da trama investigada.
O pedido de desligamento do Exército foi apresentado há cerca de um mês e ainda não teve decisão.