Depois de dois anos, aves e pássaros voltam à Expointer

Após dois anos sem participar da Expointer, devido à influenza aviária (registrada em 2023) e à Doença de Newcastle (em 2024), as aves e os pássaros estão de volta à feira. Nesta edição, que ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, participarão 381 aves (galinhas e galos de 33 raças) e 542 pássaros (de quatro raças). O segmento é responsável pelo aumento de 27% do número geral de animais comparado a 2024. Eles ficam no Pavilhão de Pequenos Animais, um dos mais visitados da feira e que figura entre os preferidos das crianças.
Para o presidente da Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais (APCA), André Machado Schmitz, voltar à Expointer depois de dois anos significa motivação para seguir fazendo o melhor trabalho. “Ficar sem participar da feira é um desestímulo para qualquer expositor de aves. Além da premiação dos animais, que é um grande estímulo, a Expointer tem um papel econômico pois, com as vendas realizadas, proporciona uma renda auxiliar para os produtores”, explica.
Schmitz considera que a feira é uma grande vitrine, que representa o fim do ciclo de um ano de trabalho e dedicação. “Um dos principais pilares da nossa criação é a preservação das raças puras. E os resultados do julgamento na feira nos guiam se estamos indo no caminho certo ou se temos de melhorar”, destaca. A participação de aves neste ano (381) é superior em torno de 50% em relação a 2022, quando o segmento esteve pela última vez na Expointer.
Aves
Todos os dias, Schmitz, que também é criador de aves, pedala 20 quilômetros, ida e volta, do Centro de Alegrete até o Criatório Sidelina, na localidade de Caverá, para cuidar de seus 80 animais. Ele levará 38 aves à Expointer, sendo 17 machos (galos) e 21 fêmeas (galinhas), com idades entre oito e 24 meses.
“Levo mais raças de origem inglesa, como o Orpingtom amarelo, preto e chocolate. Vai ser a primeira vez da chocolate na feira”, adianta Schmitz. “Mas também vão a Sussex (inglesa) e algumas miniaturas, como Mini Cochins e Sedosa do Japão. Essas mini são chamadas popularmente de garnizé, e são procuradas como pet. Vou levar ainda aves de raças de origem asiática, como Brahma Perdiz e Brahma Dark, ambas com dupla aptidão, ou seja, carne e ovos e também ornamentação”, explica.
Seus animais vivem dentro de um galpão de 40 metros quadrados em gaiolas individuais fixadas na parede, e comem ração, grãos, milho, trigo, aveia e girassol. “Em tempos de Expointer, é como preparar atleta: o tratamento é mais intenso, inclusive com banhos para controle de ectoparasitas”, conta Schmitz.