
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marcou para 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1 no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. As sessões extraordinárias ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
A data foi definida um dia após o relator Alexandre de Moraes liberar o caso para julgamento, após receber as alegações finais de todos os réus. No julgamento, os ministros decidirão pela condenação ou absolvição e definirão a pena.
A sessão começará com a leitura do relatório de Moraes, seguida pela sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ou representante da acusação. Depois, os advogados dos réus falarão, começando pelo delator Mauro Cid e seguindo por ordem alfabética. Em seguida, Moraes apresentará seu voto e a pena sugerida para cada acusado.
Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão, mas a execução da pena só ocorrerá após o trânsito em julgado.
Nas alegações finais, a maioria dos réus apontou supostas violações processuais, cerceamento de defesa, dificuldade de acesso ao material do processo, questionamentos à delação de Cid e alegações de parcialidade de Moraes. Já a PGR pediu a condenação de todos, reforçando que Bolsonaro teve papel central na tentativa de ruptura democrática e que há provas suficientes para sustentar a acusação.