Defesa de Bolsonaro nega tentativa de impedir posse de Lula e pede absolvição no STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em alegações finais apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ele nunca atuou para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que sempre defendeu a democracia e o Estado de Direito. O processo apura suposta participação de Bolsonaro em trama para promover um golpe de Estado e impedir a posse de Lula.
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro exerceu papel de líder de uma organização criminosa que articulou a tentativa de golpe e seria o principal beneficiário caso o plano tivesse sucesso. A defesa rebate, dizendo que as acusações se baseiam em “ilações e interpretações distorcidas” e que não há provas que vinculem o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro ou a supostos planos, como o chamado “Punhal Verde e Amarelo”.
Os advogados pedem absolvição por ausência de provas e sustentam que os atos descritos na denúncia não configuram crime. A defesa também contesta a acusação de liderança, critica o que chama de “massacre midiático” e questiona a validade de provas obtidas por meio da delação de Mauro Cid, alegando cerceamento de defesa.
O julgamento do caso pelo STF deve ocorrer nas próximas semanas. Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por, segundo o ministro Alexandre de Moraes, tentar atrapalhar o processo sobre o golpe de Estado.