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SANTO ÂNGELO
28 de agosto de 2025
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Estado Segurança

Grupo que usava “sósias” e invadia contas de médicos do RS para aplicar golpes é alvo de ação da Polícia Civil

  • agosto 12, 2025
  • 3 min read
Grupo que usava “sósias” e invadia contas de médicos do RS para aplicar golpes é alvo de ação da Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (12), a segunda fase da Operação Medici Umbra, contra um grupo especializado em golpes virtuais que miravam médicos gaúchos. Mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo (SP), Ananindeua (PA) e Vila Velha (ES).

O esquema, revelado em junho durante a primeira fase da operação, usava “sósias” das vítimas e inteligência artificial para falsificar documentos e invadir contas bancárias. Segundo o Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos, os novos alvos eram responsáveis pelo suporte logístico da quadrilha.

Como funcionava

Na capital paulista, um dos suspeitos recrutava pessoas parecidas com as vítimas — inclusive moradores de rua — para criar documentos falsos. Com auxílio de IA, alterava as fotos para que passassem em verificações de biometria facial, permitindo a abertura de contas bancárias em nome dos médicos. Esse homem, de 44 anos, já tem extensa ficha criminal por estelionato, roubo de carga, receptação e falsa identidade.

No Pará, o investigado de 20 anos, conhecido como “Menor do Painel”, usava um robô em grupos de WhatsApp para vender dossiês com dados pessoais das vítimas, obtidos em todo o Brasil.

Já no Espírito Santo, o alvo é um homem de 29 anos, preso desde julho em outra operação, suspeito de vender acessos a sistemas processuais para aplicar golpes. Ele também falsificava documentos e atestados em uma gráfica clandestina, fornecendo material para o grupo se passar por médicos gaúchos.

O golpe

A quadrilha invadia contas de e-mail das vítimas, obtendo acesso ao gov.br e, consequentemente, a dados pessoais e documentos, como declarações do Imposto de Renda. Com essas informações e documentos falsos, abriam contas em bancos e corretoras para receber valores transferidos das contas originais.

A investigação começou após a denúncia de um médico que quase perdeu R$ 800 mil. No caso dele, o banco desconfiou porque a conta era conjunta e o documento apresentado não correspondia à esposa. O profissional relatou ter ficado em pânico, temendo pela segurança da família, já que os criminosos sabiam dados pessoais detalhados.

A apuração identificou outras quatro vítimas, com prejuízo total de cerca de R$ 80 mil. Todas tinham mais de 60 anos e usavam o mesmo provedor de e-mail.

Família do crime

Na primeira fase da operação, foram presos cinco integrantes de uma mesma família, incluindo a líder, uma mulher de 28 anos com passagens por estelionato eletrônico em Pernambuco e Amazonas. Também foram detidos o companheiro dela, dois irmãos e um cunhado.

É a verdadeira família do crime — definiu o delegado Eibert Moreira Neto.

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Carolina Gomes

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