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SANTO ÂNGELO
17 de agosto de 2025
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País

STJ retoma julgamento de recursos no caso “Crime da 113 Sul”

  • agosto 5, 2025
  • 2 min read
STJ retoma julgamento de recursos no caso “Crime da 113 Sul”

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma nesta terça-feira (5) o julgamento de recursos no caso conhecido como “Crime da 113 Sul”, um dos episódios criminais mais marcantes do Distrito Federal.

A arquiteta Adriana Villela, de 61 anos, foi condenada como mandante do assassinato de três pessoas: o pai, José Guilherme Villela, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); a mãe, Maria Villela; e a empregada da família, Francisca Nascimento. Os crimes ocorreram em agosto de 2009, no apartamento da família, na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília.

O caso ganhou repercussão nacional e virou tema de um documentário lançado este ano pelo Globoplay. Adriana nega participação nos assassinatos e afirma ser inocente.

A defesa busca anular a condenação imposta pelo júri popular, que já foi confirmada em segunda instância. A pena atual é de 61 anos e 3 meses de prisão. Já o Ministério Público do Distrito Federal pede a execução imediata da pena.

Os desembargadores da Sexta Turma irão analisar os dois pedidos.

Os assassinatos foram executados por um ex-porteiro do prédio, o sobrinho dele e outro cúmplice. Todos foram condenados e cumprem pena.

Na noite de segunda-feira (4), Adriana divulgou uma carta em que volta a afirmar sua inocência. “Por mais de quinze longos anos, o silêncio tem sido a minha fortaleza e, ao mesmo tempo, o meu mais pesado fardo. Hoje decido romper esse silêncio, pois pesa sobre mim uma acusação hedionda por um crime que jamais cometi”, escreveu.

Julgamento em andamento

O julgamento dos recursos começou em março deste ano, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Sebastião Reis Júnior. Até o momento, apenas o relator do caso, ministro Rogério Schietti Cruz, votou — ele defendeu a manutenção da condenação e a prisão imediata de Adriana.

A retomada ocorrerá com o voto do ministro que pediu vista. No total, cinco magistrados da Sexta Turma têm direito a voto. Segundo o regimento do STJ, é possível um segundo pedido de vista.

As partes ainda poderão apresentar novos recursos, como embargos de declaração ao próprio STJ, ou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Carolina Gomes

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