Diálogo e pressão resultaram em cumprimento de acordo

Surpreendendo diante das afirmações feitas na semana anterior, o vereador Nivaldo Langer de Moura, o Nêne, renunciou na sessão da última segunda-feira, provocando a realização de uma nova eleição. Assim, cumpriu o acordo feito no dia 1º de janeiro e o vereador Jonatas Toledo (Progressistas) foi eleito para presidir o Legislativo no segundo semestre.
Como é fato repetitivo na Câmara Municipal, a eleição envolve outros fatores, exigindo muito diálogo e pressão, com uso de argumentos e atrativos diversos.
Comenta-se que o fim de semana foi marcado por essas duas ações. Pressão envolvendo não apenas os membros do Legislativo, mas também do Executivo. Depois de todas as tratativas, ficou acertada a renúncia de Nêne e a eleição de Toledo, mantendo a união entre os vereadores do Progressistas, PL e MDB, que somaram os oito votos necessários.
Não foi tão harmônico como se tentou fazer parecer. E a questão interna do Progressistas, por envolver dois vereadores da sigla, também teve peso.
Asfalto precário provoca reclamações
São muitas as reclamações com relação às condições da pavimentação asfáltica em várias ruas da cidade. Os buracos proliferam e o problema está identificado pela falta da ação contínua de recuperação.
Com as chuvas fortes e que estão sendo registradas com freqüência, a condição só vai piorando e exige resposta rápida e eficaz. Aliás, se puxar pela memória e lembrar das críticas que eram feitas até o fim do ano passado, a conclusão é que na prática o discurso é muito diferente.
A foto mostra a situação da Rua Adolfo Calegaro, no Bairro Haller.
Queixas também no interior
Igualmente são registradas queixas de moradores do interior com as condições das estradas. A chuvarada aumenta os problemas e não dá tempo para uma recuperação aceitável.
Mais uma vez é preciso fazer um exercício de lembrança. Antes, chuvarada não era aceita como justificativa por quem hoje tem a responsabilidade de promover as melhorias.
Diárias absurdas no Legislativo de São Luiz Gonzaga
Reportagem da RBS TV mostrou o absurdo das diárias na Câmara de Vereadores de São Luiz Gonzaga. No ano passado foram R$ 441 mil e neste já são mais de R$ 392 mil. Valores exorbitantes. São 13 vereadores.
São mais de R$ 200 mil de diárias dos servidores, grande parte para cursos. Outro absurdo, a comunidade não pode bancar cursos de oratória e outras questões para assessores de vereadores.
Lamentável, também, a justificativa do presidente João Iuri de Oliveira (Cidadania), dizendo que trata-se de uma “cultura” do município. De janeiro para cá, João Iuri já esteve em viagem por 64 dias úteis.
Com a tecnologia disponibilizada hoje, não é preciso viagem para tudo. Tem que ter essa sensibilidade.
E algo para a população ficar atenta e cobrar com força. Só para comparar, Santo Ângelo que tem 15 vereadores e o dobro de população, apresenta R$ 66 mil em diárias neste ano.
O maior escândalo de corrupção do País
O Brasil tem uma relação infinita de casos de corrupção, que se renovam com muita facilidade. Entretanto, mesmo com os anões do orçamento, mensalão, petrolão e outros, nada supera o caso das emendas parlamentares sem transparência.
Os casos estão aí, pipocando a cada dia. Dinheiro enviado para beneficiar familiares, empresas de amigos, propriedades, etc.
E ainda tem quem defenda o sistema, afirmando que é direito do parlamentar enviar dinheiro para quem quiser, sem prestar contas.
Esse é o problema. A maioria dos deputados age como se o dinheiro fosse deles. Não é, é dinheiro da população e deveria ser respeitado como tal.
Perguntar não ofende
Pagar curso de operador de drone para CCs, incluindo diárias, deve ser prioridade para quem vive falando em dificuldades financeiras?
Só para lembrar
Deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara Federal, afirma que na guerra contra o governo pode impedir o ressarcimento dos prejudicados no golpe do INSS. É isso, a prioridade é a guerra e não os que foram prejudicados.
Para refletir
“A vida é uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos feitos”.