Políticos brasileiros ignoraram recomendação sobre evitar viagens para Israel

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta segunda-feira (16) em que afirma que os gestores municipais brasileiros que viajaram para Israel ignoraram uma orientação do Itamaraty que recomenda evitar viagens para o Oriente Médio em razão de conflito armados.
“A Embaixada do Brasil em Israel mantém, desde outubro de 2023, alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial àquele país e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país”, afirmou o Itamaraty em nota.
A nota do ministério foi divulgada após a confirmação de que grupo formado por 12 autoridades brasileiras deixou Israel em direção à Jordânia para que possam retornar ao país.
Ainda hoje, o senador Carlos Viana, presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, criticou o que chamou de “ausência absoluta” do Itamaraty nas negociações para que as autoridades brasileiras deixassem a região em segurança.
Ele afirmou que foi o grupo que preside quem fez as negociações, versão rechaçada pela diplomacia brasileira.
Conforme a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda, a saída das 12 autoridades brasileiras foi resultado de “estreita coordenação” feita pelo ministro Mauro Vieira e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.
O ministério acrescentou que outras 27 autoridades brasileiras ainda estão em Israel, e que o governo israelense já apresentou uma proposta para que essas autoridades deixem o país por terra até a Jordânia “nos próximos dias”.