Evento que trouxe Falcão provoca dúvidas na Câmara

O tema esteve na pauta da Câmara de Vereadores de Santo Ângelo na sessão ordinária da última segunda-feira. Inclusive, foi aprovada uma solicitação do vereador Nivaldo Langer de Moura, o Nêne (PP), presidente do Legislativo, que quer saber se teve dinheiro público envolvido no recente evento que trouxe a Santo Ângelo o ex-jogador Falcão.

Sem dúvida, é uma prerrogativa do vereador buscar informações sobre onde e como está sendo aplicado o dinheiro público. Se houve alguma contribuição da Prefeitura, vale o questionamento. Nem é o caso de suspeita de irregularidade, mas sim pela transparência.

No entanto, a pergunta sobre como foram cobrados os ingressos e para quem foi destinado o dinheiro arrecadado me parece um equívoco. A promoção foi da Agência de Desenvolvimento (Agir) e, portanto, é a sua direção, autônoma em relação ao poder público, que deve saber o que fazer com o recurso, quanto foi investido e se teve algum lucro.

Cedência gratuita do ginásio seria o problema

A bronca pelo que pude notar está no fato de que o Ginásio Marcelo Mioso teria sido cedido gratuitamente para o evento, que teve cobrança de ingresso e, portanto, fere a ordem de serviço determinada pelo prefeito Nívio Braz para cobrar de todos que ocupam o local.

Acontece que se o Município não puder colaborar com um evento deste porte com a simples cedência do ginásio público, aí ficará difícil incentivar que outras promoções sejam realizadas.

É preciso ter sensibilidade para compreender que existem diferenças na cedência de espaços públicos para utilização variada e com propósitos diferentes.

Alvo definido

Senti nesta questão e em outras “indiretas” que se ouvem no Legislativo que existe um alvo bem definido em relação a Secretaria Municipal de Cultura e Esportes.

Toma lá dá cá

Vereador Lorenzo Tonetto (PL) criticou quem grava vídeos para ganhar likes e seguidores. Na lata, Márcio Antunes (MDB) rebateu lembrando que Tonetto ganhou visibilidade gravando vídeos com críticas aos vereadores, principalmente no episódio da votação do aumento de salário no ano passado

Doação?

Aliás, não se fala mais em doação de salários de vereador para entidades e afins. Estranho.

Machões e gatinhos

No Congresso Nacional tem os “machões” que ofendem mulheres sem o mínimo pudor. E os “gatinhos” que se atiram no chão para serem pisoteados por ditas “influencers”. Fruto da eleição de completos despreparados.

Homofobia: aqui foi desconsiderada

Presidente da Câmara de Vacaria, Edimar Biazi (PL), foi indiciado por ofensa homofóbica contra o governador Eduardo Leite. A ofensa foi proferida quando Biazi defendia a liberdade de expressão. É bom lembrar que no Legislativo de Santo Ângelo, na legislatura passada, também foram proferidas ofensas homofóbicas ao governador por meio de piadinha infeliz. Porém, nada aconteceu. Todavia, não perscreve e o vídeo deve estar na rede.

Perguntar não ofende

Em 2023, ano do último levantamento, brasileiros declaram ganhos de R$ 1 trilhão em lucros e dividendos. Somente um investidor declarou R$ 5,1 bilhão, isentos de impostos. É ou não desigualdade extrema e absurda?

Só para lembrar

Governo Trump quer punir aqueles que punem empresas norte-americanas que infringem as leis dos outros países. Ou seja, desconsidera completamente a soberania das outras nações. Quero ver punir alguma autoridade chinesa. Aí não. Aí o caldo entorna, como no caso das tarifas.

Para refletir

“Não falsifica a História somente quem inverte a verdade, senão também quem a omite.”
Rui Barbosa