
A Polícia Civil segue em busca do crânio de uma mulher que foi assassinada e esquartejada em Porto Alegre. Partes do corpo dela foram espalhadas pela cidade, e a cabeça é a única parte que ainda não foi localizada. A investigação começou depois que o torso do cadáver foi achado dentro de uma mala em um armário da rodoviária da capital em agosto deste ano.
O nome da vítima é Brasília Costa, 65 anos. O suspeito do crime é Ricardo Jardim, publicitário de 66 anos, com quem ela tinha um relacionamento, preso ainda em setembro. O caso é tratado como feminicídio e a motivação teria sido financeira, pois, conforme a investigação, ele teria tentado usar cartões de crédito de Brasília.
O delegado Mario Souza, responsável pela investigação, diz que ainda há perspectiva de que a cabeça seja encontrada, mesmo com o tempo transcorrido. A investigação começou há cerca de dois meses, após a localização da mala, em 20 de agosto. O crime teria sido cometido no dia 9 do mesmo mês.”A cada dia que passa, fica mais difícil. Mas vamos encontrar [a cabeça]. Seguimos trabalhando”, disse.
Questionado sobre se o suspeito seria chamado para prestar novo depoimento e, talvez, indicar onde colocou a cabeça, Souza sinaliza que não é uma intenção da Polícia Civil, pois o publicitário já passou informações falsas que atrapalharam o trabalho investigativo.
Exemplo disso foi quando ele disse aos policiais que havia descartado a cabeça em uma lixeira na região da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, o que levou uma equipe a fazer buscas pelo local, mas nada foi encontrado. A Defensoria Pública, que representa o suspeito, diz que só se manifestará nos autos do processo.
Ainda que a cabeça não seja encontrada nos próximos dias, a Polícia Civil pretende finalizar o inquérito indiciando o suspeito pelo assassinato. São aguardadas perícias do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para que o documento seja finalizado e remetido ao Ministério Público (MP).
Fonte: G1RS

